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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Porque a Cruz é o sinal do cristão?



Algumas pessoas não católicas  dizem que a cruz  é um símbolo pagão ou que é um símbolo de morte e que não deve ser usada e em alguns paises foi proibida nos lugares públicos, aqui no Brasil pode ser também. Mas esta afirmação não está de acordo com o que a Igreja Católica sempre viveu e ensinou desde os seus primórdios e também não concorda com os textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo, ou pior, dizem sem conhecimento que nós idolatramos a santa cruz. Celebrar aExaltação da Santa Cruz é celebrar a Páscoa, a vida e a salvação que Jesus Cristo conquistou por este instrumento de suplicio da época, que hoje para nós cristãos é símbolo de vitória e salvação.  Senão vejamos:
Mt 10, 38 – Jesus disse: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.
Mt 16, 24 – “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.
Lc 14, 27 “E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo”.
Gl 2, 19 – “Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo”.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
1Cor 1,18: “A linguagem da Cruz… para aqueles que se salvam, para nós, é poder  de Deus”.
1Cor 1, 17: “… anunciar o  Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a Cruz de Cristo”.
Quando o imperador Constantino o Grande, enfrentou seu rival Maxêncio sobre a ponte Milvia, próximo do ano 300, viu nos céus uma cruz luminosa acompanhada dos dizeres: “In hoc signo vinces!” (Por este sinal vencerás). Constantino, então, colocou a sua pessoa e o seu exército sob a proteção do sinal da cruz e venceu Maxêncio, tornando-se imperador supremo de Roma, proibindo em seguida a perseguição aos cristãos pelo Edito de Milão, em 313.
O símbolo resultante da sobreposição das letras gregas e P, iniciais de Cristo em grego, lembrava Cristo e a Cruz e foi representado no estandarte de Constantino. No fim do século IV, tomou a forma que lembrava a Cruz.
Após a conversão de  Constantino († 337) a cruz deixou de ser usada para o suplício dos condenados e tornou-se  o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos cristãos, como mostram de muitas maneiras a arte, a Liturgia, a piedade particular e a literatura cristã. A cruz tornou-se, então, sinal da Paixão vitoriosa do Senhor. Conscientes deste seu valor, os cristãos ornamentavam a cruz com palmas e pedras preciosas.
Os Padres da Igreja como Tertuliano de Cartago e Hipólito de Roma, já nos séculos II e III, afirmavam que os cristãos se benziam com o sinal da Cruz. Os mártires tomavam a cruz antes de enfrentar a morte e os santos não se separavam da cruz. As Atas dos Mártires mostra isso.
No entanto, muito antes de Constantino, Tertuliano (†202) já escrevera: “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas  as nossas demais atividades persignamo-nos a testa o sinal da Cruz” (De corona militis 30). *
S. Hipólito de Roma († 235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III, escreveu: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da  Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42). *
No Novo Testamento a Cruz é símbolo da virtude da penitência, domínio das paixões desregradas e do sofrer por amor de Cristo e da Igreja pelas salvação do mundo. Seria preciso apagar muitos versículos do Novo Testamento para dizer que a Cruz é um símbolo introduzido no século IV na vida dos cristãos. O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos ou o sinal do Deus vivo, de que fala Ap 7, 2, fazendo eco a Ez 9,4: “Um anjo gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido encarregados de fazer mal à terra e ao mar: “Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos servos do nosso Deus”.
São Clemente de Alexandria, no século III, chamava a letra T (tau), símbolo da cruz, de “figura do sinal do Senhor” (Stromateis VI 11). *
Por tudo isso, a vivência e a iconografia dos cristãos, desde o século I, deram à cruz sagrada um lugar especial entre as expressões da fé cristã. Daí podemos ver que é totalmente errônea a teoria de que a Cruz é um símbolo pagão introduzido por influência do paganismo na Igreja e destinado a ser eliminado do uso dos cristãos. Rejeitar a Cruz de Cristo é o mesmo que rejeitar o símbolo da Redenção e da esperança dos cristãos.
OraçãoA cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão o meu guia retira-te satanás nunca me aconselhes coisas vãs, bebes tu mesmo o teu veneno. Amém.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Setembro: mês da Bíblia

Embora alguém tenha decretado o fim dos "meses temáticos", eles continuam tão enraizados na prática da comunidade católica que setembro sempre será o "Mês da Bíblia". Há quem à Bíblia dedica uma praça, lhe faz um monumento, a usa como um talismã protetor do lar... Nós lhe dedicamos, de uma forma mais direta, um mês: de estudo, de reflexão, de oração, de ação... Quanto já se estudou, se refletiu, se orou a Bíblia durante o mês de setembro!

A Bíblia, a Palavra de Deus escrita, sempre foi a alma da Igreja Católica. Por isso, desde o segundo século, a Igreja já então chamada "católica" para diferenciar-se dos grupos sectários gnósticos, assumiu a "lista" (cânon, livros canônicos) dos textos sagrados do Antigo Testamento (conforme a tradução do hebraico para o grego, chamada "dos Setenta", tradução em uso entre os cristãos daquele tempo); e sentiu a necessidade de criar a lista dos novos textos sagrados (o Novo Testamento), surgidos a partir do testemunho dos apóstolos sobre Jesus.

Estes textos, transmitidos de comunidade em comunidade, foram sendo reconhecidos por toda a Igreja como autênticos e sagrados, tanto que no fim do segundo século já havia unanimidade nas comunidades acerca dos textos que compunham o Novo Testamento. Por mil e trezentos anos nunca ninguém colocou em dúvida o cânon, isto é, a lista dos textos que compunham a Bíblia; somente Martinho Lutero achou por bem recusar os textos (que depois foram chamados "deuterocanônicos") que estavam na tradução chamada "dos Setenta", mas não no cânon hebraico, assumido por ele.

Ao longo de dois mil anos, com as variantes ligadas às diversas culturas e vicissitudes, a Igreja estudou a Bíblia com intensidade e amor, guiada pela inspiração do Espírito Santo; e a estuda ainda agora, ao ser ela, a Igreja, "rede lançada" nas águas profundas do novo milênio. A Igreja terá força de futuro, isto é, capacidade de fermentação do nosso tempo, na medida em que souber, sempre de novo e com intensidade, voltar à sua fonte originária de inspiração: a Sagrada Escritura.

Um dos pontos que caracterizam a escuta "católica" da palavra de Deus é a consciência de que a Bíblia é um "todo" de revelação; a Igreja tem consciência que fixar-se, unilateralmente, neste ou naquele trecho, separando-o do todo, antes de ser iluminação é surdez e cegueira, causas de tantos equívocos e interpretações pretextuosas, de ontem e de hoje, ainda que televisionadas e proferidas por autodenominados bispos, apóstolos e missionários!

Ao vivermos os primeiros anos do novo milênio, ao enfrentarmos as águas deste mar, ao assumirmos o desafio de irmos em profundidade no nosso sermos pessoa, comunidade eclesial e sociedade, queremos fazê-lo a partir do dom inestimável da Palavra de Deus, viva entre nós.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

14º aniversario de morte de Madre Teresa



Agnes Gouxha Bojaxhiu, madre Teresa de Calcutá, nasceu, no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos, já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários.

Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários. 



No dia 5 de setembro de 1997, madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana, o corpo da madre foi trasladado ao estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa de corpo presente.

Em 2003, o papa João Paulo II, seu amigo pessoal, ao comemorar o jubileu de prata do seu pontificado, beatificou madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a "Mãe dos Pobres".Na emocionante solenidade, o sumo pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo". 

sábado, 3 de setembro de 2011

Bíblia: alma da Igreja



Há quem à Bíblia dedica uma praça, faz-lhe um monumento, usa-a como um talismã protetor do lar... Nós lhe dedicamos, de forma mais direta, um mês. Um mês de estudo, reflexão, oração, ação. Quanto já se orou, se refletiu, se estudou a Bíblia durante o mês de setembro!

A Bíblia, a Palavra de Deus escrita, sempre foi a alma da Igreja. Por isso desde o segundo século, a Igreja, já então chamada de católica para diferenciá-la dos grupos sectários, assumiu a “lista “ (cânon, livros canônicos) dos textos sagrados do Antigo Testamento, conforme a tradução do hebraico para o grego chamada “dos Setenta”, tradução em uso entre os cristãos daquele tempo. E sentiu a necessidade de criar a lista dos novos textos sagrados, o Novo Testamento, surgidos a partir do testemunho dos apóstolos sobre Jesus. Estes textos, transmitidos de comunidade em comunidade, foram sendo reconhecidos por toda a Igreja como autênticos e sagrados, tanto que no fim do segundo século já havia unanimidade nas comunidades acerca dos textos que compunham o Novo Testamento.

Por mil e trezentos anos, nunca ninguém colocou em dúvida o cânon, isto é, a lista dos textos que compunham a Bíblia. Somente Martinho Lutero achou por bem recusar os textos (que depois foram chamados “deuterocanônicos”) que estavam na tradução chamada “dos Setenta”, mas não no cânon hebraico, assumido por ele.

Ao longo de dois mil anos, com as variantes necessárias ligadas às diversas culturas e vicissitudes, a Igreja estudou a Bíblia com intensidade e amor, guiada pela inspiração do Espírito Santo. E a estuda ainda agora, ao ser ela, a Igreja, “rede lançada” nas águas profundas do novo milênio.

A Igreja terá força de futuro, isto é, capacidade de fermentação no novo milênio, na medida em que souber, sempre de novo e com intensidade, voltar à sua fonte originária de inspiração: a Sagrada Escritura.

Um dos pontos que caracterizam a escuta “católica” da Palavra de Deus é a consciência de que a Bíblia é um “todo” de revelação. A Igreja tem consciência de que fixar-se unilateralmente neste ou naquele trecho, separando-o do todo, antes de ser iluminação, é surdez e cegueira, causa de tantos equívocos e interpretações pretextuosas, de ontem e de hoje, ainda que televisionadas e proferidas por autodenominados bispos, apóstolos e missionários! A Bíblia foi escrita por homens “inspirados pelo Espírito Santo”, mas que utilizaram a linguagem e a cosmovisão de seu mundo e de sua época. Por isso não se pode lê-la com espírito fundamentalista.

Ao vivermos os primeiros anos do novo milênio, ao enfrentarmos as águas deste mar, ao assumirmos o desafio de irmos em profundidade no nosso ser pessoa, comunidade e sociedade, queremos fazê-lo a partir do dom inestimável da Palavra de Deus, viva entre nós.

É importante que busquemos na Palavra de Deus nosso sustento espiritual. Em todas as celebrações ela está presente, mas é necessário que esteja também no nosso dia-a-dia. Para que se faça presente de forma eficaz em nossa vida, são necessárias algumas atitudes importantes: fé, oração, humildade, ligação com a vida; ter o coração livre para amar, a boca para anunciar e denunciar, a cabeça para pensar e meditar, os joelhos dobrados em oração. Desta maneira estaremos em sintonia com o ensinamento do apóstolo Paulo que, na segunda carta a Timoóteo (2Tm 3, 16- 17), afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, repreender, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.“

Dia da Bíblia



No último domingo de setembro, já há anos, a Igreja do Brasil celebra o “Dia da Bíblia”. É ocasião propícia para lembrar aos cristãos a necessidade de conhecer a revelação de Deus contida na Bíblia, sobretudo a vinda do Messias, que é Jesus e assim firmar-nos na fé. A revelação nos mostra o amor de Deus que veio ao nosso encontro para nossa santificação e salvação.

Desde os tempos antigos, através dos profetas que Deus enviava ao povo judeu, foi sendo conhecida a vontade divina de nos preparar para a chegada de Jesus, o Messias.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos saíram pelo mundo antigo anunciando o nome e a vida do Salvador, que veio para nossa redenção. As narrativas escritas sobre Jesus, o Messias Filho de Deus, são os Evangelhos canônicos, que só apareceram pelos anos 70, predominando até aí a tradição oral, que era a linha de transmissão da mensagem evangélica, isto é, a boa nova que é Jesus, como Cristo e Senhor, prometido e esperado e assim despertar a fé no Ressuscitado.

Todos sabemos que dos quatro Evangelhos, o mais antigo é o de Marcos, embora colocado em segundo lugar na ordem atual. Limito-me aqui a falar hoje deste primeiro Evangelho. O que parece ter sido a preocupação principal da comunidade presidida por Marcos era saber quem seria este Jesus. Daí, no centro desta narração, Jesus é proclamado por Pedro como o esperado Messias. Mas o próprio Jesus se preocupa em mostrar que o Messias tem um caminho de humilhação e perseguição para, só depois, ser glorificado. Ele mesmo, no momento do seu julgamento, se reconhece como Messias, mas na perspectiva da cruz e ressurreição.

Transparece também no Evangelho de Marcos a preocupação de Jesus em ensinar os discípulos para que eles pudessem ter abertura para os de fora, anunciando a boa nova a todas as nações.

Antiga tradição, de que nos dá testemunho Papias, lá pelos anos 150, sugere que Marcos compilou no seu Evangelho as pregações de Pedro em Roma pelos anos 70. O próprio Pedro, na sua 1ª carta (5,13), saudando de Roma aqueles a quem escrevia, transmite as saudações de Marcos, que estava com ele, chamando-o de “meu filho”.

No “Dia da Bíblia” necessário se faz despertar nosso interesse pela mensagem divina expressa na Escritura Sacra, estudando-a por partes, como aqui nesta rápida mensagem.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Trabalho Pastoral.



Ao afirmarmos na crisma que aceitamos os dons do Espírito Santo, realizamos a promessa que devemos ser cristãos de atitude. Alias o nosso maior desafio, pois o nosso tempo nem sempre condiz com o que fazemos, se o nosso relógio tivesse 30 horas, com certeza pediríamos 40 horas diárias.

Mas não devemos culpar o nosso tempo, porque se o culparmos é melhor que apontemos o dedo para nós mesmos, que não sabemos com lidar com ele. Estar disponível é graça de Deus, maior ainda quando colocamos nossa disponibilidade à serviços dos irmãos.

Após na Crisma, normalmente a primeira tarefa do jovem é ingressar em um grupo de jovens de sua comunidade, para que ali, ele encontre responsabilidades e amor ao serviço da Igreja, e quando isso acontece o jovem sempre vai querer mais ajudar.

Depois de um período à frente com os jovens, o jovem, não mais “verde” na igreja, com experiência espírito de liderança, poderá “avançar para as águas mais profundas”. Encontrar-se com  melhor pastoral que se identifique é sempre a melhor opção. Procure reavivar seus dons nela, para que o Espírito de Deus, aja em seu coração, e que possa levar a palavra de Deus em todo lugar. Eis alguns exemplos de pastorais:

- Pastoral da Catequese (Primeira Comunhão)
- Pastoral do Crisma
- Pastoral da Juventude (Grupo de Jovens)
- Pastoral dos Enfermos
- Pastoral Carcerária
- Pastoral da Família
- Pastoral Litúrgica
- entre outros.....

Procure se informar em sua comunidade, qual está disponível, e comece desde já, a sua presença é indispensável. Você sempre tem algo para pôr em serviço. Deus escolheu sempre os que pouco tinham ou nada possuíam para segui-Lo, os seus apóstolos são prova disso. “Pouco são os chamados, mas muitos são os escolhidos”.
Fique no amor de Deus e na paz de Maria nossa Mãe.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Depressão, um mal que atinge a todos

Não adianta só falar que a pessoa é fraca.



Não há quem não tenha depressão, até entre os salmistas você encontra deprimidos. Até Jesus. Mas não podemos parar nela, senão vira enfermidade. Depressão significa "buraco". A pessoa cai no buraco - e todo mundo cai. Quem nunca ficou triste? Importante é não ficar nele. Com Deus nós saímos do buraco.

O Vaticano fez um congresso sobre esse tema [depressão], porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo desse evento e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com essa enfermidade. Precisamos tratar desse povo.


Depressão tem cura, e esta tem 3 caminhos:
- Procure um médico psiquiatra; ele pode dar remédio;
- É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;
- O tratamento tem de ser físico e espiritual.

A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião. Não tenha medo de procurar os três tratamentos. Vá ao grupo de oração e peça oração, mas vá também ao médico. Se você puder buscar alguém que tenha experiência e maturidade para rezar por você, ótimo.

Essa doença é muito difícil de ser diagnosticada. Eu coloquei no meu livro uma relação de coisas que uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que a pessoa sente? Muitos podem ser os sintomas da depressão como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelos.

Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de juntar pai, mãe, irmãos, namorado. Rezar abraçado com a pessoa uma Ave-Maria, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete... Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e devagar. É um ato de amor e caridade - e a família é importantíssima nisso.

O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Temos de cultivar a alegria. Não podemos ficar no buraco.

Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no buraco. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus! Perceba o valor que você tem. Você é um ser, alguém muito importante para Deus. Pare de falar que você não tem valor, que você não presta! Você tem valor: isso é a primeira coisa que um deprimido tem de entender. Você é filho do Dono do mundo!

Você quer a prova de que Deus Pai o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscá-lo.
Entenda o valor que você tem. Você é um filho amado de Deus, e não tem direito de "queimar" sua vida. A graça não dispensa a natureza. O Todo-poderoso está pronto para mover o céu para que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move uma palha para fazer aquilo que você pode fazer.



                                                                                                      

Por quê a Bíblia é importante?



Só há uma razão pela qual se pode dizer que a Bíblia é importante, tal como São Paulo diz:

"E não somos como Moisés, que punha um véu sobre o rosto, para que os filhos de Israel não vissem o final da glória que se desvanecia; e assim o entendimento deles ficou obscurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo, convertendo-se ao Senhor, é-lhe tirado o véu" (2 Co 3,13-16).

A Bíblia é importante por causa de:

Jesus Cristo 

Sem Jesus Cristo, a Bíblia não passa de um dos livros ultrapassados que por ai existem nos museus ou em uso nos mitos e superstições ou fossilizados.

Pode-se pretender que ela seja a Palavra de Deus. E é, mas a Palavra de Deus plenamente revelada por Jesus Cristo. Ele é a Revelação por excelência, a única Revelação do Pai;

Jesus é a Palavra do Pai 

Diz-se que Jesus é a PALAVRA porque manifesta ou revela o Pai, tal como Ele mesmo o diz:

"Jesus lhe disse: "Filipe, há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me tem visto, tem visto o Pai. Como podes dizer: mostra-nos o Pai?" (Jo 14,9).

Também Paulo e João o dizem:

"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura..." (Col 1,15)

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus" (...) "Ninguém jamais viu a Deus. o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer." (Jo 1,1.18).

É essa a função da PALAVRA: tornar conhecido o que ela significa. Caso um professor permaneça em silêncio perante um grupo de alunos, eles nada saberão de seu saber íntimo, pois, sem a palavra nada se sabe. Quando ele começar a falar, a fazer o uso "da palavra", passará a ser entendido e os alunos apreenderão o que ensina, por aquilo que ele "revelar" com a sua palavra. Ora, Jesus "revelou" o Pai; logo, JESUS é a PALAVRA DO PAI.

domingo, 28 de agosto de 2011

MENSAGEM PARA O DIA DO/A CATEQUISTA

Hoje estamos transmitindo a todos os catequistas uma mensagem do nosso amigo Dom Jacinto Bergmann,Arcebispo de Pelotas e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico‐catequética. A mensagem diz o seguinte:

 Querido e querida Catequista!

É a primeira vez que estou me comunicando com você catequista desde que assumi a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico‐Catequética. E faço‐o até comovido, sabendo o que significa cada catequista na nossa Igreja no Brasil. O que seria da nossa Igreja espalhada por todos os recantos do imenso território brasileiro sem os/as catequistas? Somos indispensáveis na educação da fé apostando no sentido pleno da vida.
Aliás, falando da fé, as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – DGAE 2011‐2015, afirmam no número 37: “A fé é dom de Deus! ‘Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva’ (Bento XVI, Deus Caritas est, n. 1). Por sua vez, este encontro é mediado pela ação da Igreja, ação que se concretiza em cada tempo e lugar, de acordo com o jeito de ser de cada povo, de cada cultura. A descoberta do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, dom salvífico para toda a humanidade, não acontece sem a mediação dos outros (cf. Rm 10,14)”.
Ainda tendo presente as DGAE, temos duas Urgências na Ação Evangelizadora, que dizem respeito diretamente ao nosso agir bíblico‐catequético: temos o grande desafio de tornar sempre mais a nossa Igreja “casa da iniciação à vida cristã” e um “lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”. Portanto, trabalho existe e a graça de Deus não falha!
PARABÉNS queridos/as catequistas pelo Dia do/a Catequista dentro do Mês Vocacional que estamos vivendo. A Igreja no Brasil reconhece com muito carinho essa vocação tão fundamental e apóia o “sim” dado diuturnamente a essa vocação por cada um e cada uma.
Um abraço fraterno, com a bênção do nosso Deus Trindade e a proteção de Maria, a educadora da fé por excelência,
Dom Jacinto Bergmann.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A vontade de Deus e a humana



Jesus afirmou: “Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 5,30). Aliás, na Agonia no Horto das Oliveiras, Ele assim orou: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; contudo, não se faça como que quero, mas como tu queres” (Mt 16, 39). Deixou magnífico exemplo para Seus seguidores. Santo Agostinho, sabiamente, ensinou que “a vontade é a potência pela qual se erra e se vive com retidão”. Daí a necessidade da atenção para com essa faculdade da alma que pode ser prejudicada pela indecisão ou falta de resolução firme para aderir às inspirações divinas.

Todo progresso espiritual consiste em desejar firmemente seguir os ditames celestes. A egolatria pode sutilmente levar o cristão a não querer se sujeitar à voz de sua consciência. Daí a necessidade da maleabilidade nas mãos do Divino Espírito Santo, para que todas as intenções sejam verdadeiramente retas e não meros caprichos humanos. Eis porque advertia São Paulo aos Filipenses sobre aqueles que buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo (cf. Fl 2,21). Donde ser preciso solicitar sempre a graça da constância para que se fuja da precipitação, da volubilidade, não sendo nunca o discípulo de Cristo irresoluto e instável, conforme advertiu de São Tiago (cf. Tg 1,8).

Para isso mister se faz equilibrar o coração com a inteligência. Estando esta iluminada, cabe à vontade executar com sumo amor e total disposição o que deve ser realizado em cada momento. Aliás, a finalidade última de toda oração deve a total conformidade com os desígnios do Ser Supremo.

Esta imolação da vontade própria é sumamente agradável a Deus. Tudo depende do domínio de si mesmo, o qual torna o cristão imune aos desvios que impedem sua adesão ao bem a ser praticado. Nunca se pode esquecer que a fidelidade, mesmo nas pequenas atitudes, cerra a porta a quase todos os males das potências superiores da alma, pois treina a vontade para o total autodomínio, levando a uma tranquilidade absoluta no falar e no agir, graças ao valor das virtudes internas do espírito. Chega-se então àquela moderação de que fala São Paulo a Timóteo, levando cada um “uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e decoro” (1Tm 2,2). É que aceitar a vontade de Deus em todas as circunstâncias, durante todo o dia, é uma grande prova de amor. 

Convém, porém, notar que, sendo Deus luz e amor, Ele se comunica com a pessoa humana de vários modos. São João da Cruz, sem querer, evidentemente, fazer um jogo de palavras diz que “às vezes percebe-se mais conhecimento do que amor; outras, mais amor do que inteligência ..., ou só conhecimento e nada de amor ..., ou só amor sem nenhuma informação do Espírito Santo”. O que vale, contudo, na prática, é a reta intenção de fazer o que Ele quer e não o que cada um desejaria fazer. É que um ato de vontade constante, feito com total dileção para com Deus, vale muito mais do que os grandes heroísmos passageiros, esporádicos. É desse modo que a vontade humana vai se tornando livre e generosa, como era a de Cristo, o qual pode dizer ser Seu alimento fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4,34). É lógico que esta conformidade absoluta com os desígnios de Deus leva o cristão a suportar com paciência todas as incongruências de uma passagem por este "vale de lágrimas" como é o presente exílio nesta terra. Estas provações então purificam o coração como o ouro no crisol.

Quantos cristãos, infelizmente, quando Deus permite qualquer desgosto, por pequenino que este seja, chegam até a se revoltar contra Ele. Ainda bem que o Onipotente é paciente, pois poderia punir imediatamente estes insurgentes. Por tudo isso, o acatamento de tudo que Deus permite se torna fonte maravilhosa de merecimentos. A dependência filial em todas as circunstâncias da vida, este abandono amoroso nas mãos da Divina Providência, este oferecimento habitual nas dificuldades que surgem, esta paciência inalterável atraem o beneplácito do Todo-Poderoso Senhor. É quando o cristão deve se lembrar das palavras de São Paulo aos Coríntios: “Realmente, o leve peso de nossa tribulação no momento presente, prepara-nos, além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória; não que nós olhemos as coisas visíveis, mas para as invisíveis; é que as coisas visíveis são transitórias, ao passo que as invisíveis são eternas” (I Cor 5,417-18). Além do mais, a imperturbabilidade é o venturoso resultado da aceitação de tudo como vindo da mão de Deus. Tudo é, deste modo, contemplado pelo prisma da Divina Sabedoria.

É dessa maneira que o querer humano vai se transformando no querer divino. Pensar, desejar, aspirar, sentir em tudo conforme a adorável Vontade Divina deve ser sempre o grande intuito do verdadeiro imitador de Jesus Cristo.