Páginas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Trabalho Pastoral.



Ao afirmarmos na crisma que aceitamos os dons do Espírito Santo, realizamos a promessa que devemos ser cristãos de atitude. Alias o nosso maior desafio, pois o nosso tempo nem sempre condiz com o que fazemos, se o nosso relógio tivesse 30 horas, com certeza pediríamos 40 horas diárias.

Mas não devemos culpar o nosso tempo, porque se o culparmos é melhor que apontemos o dedo para nós mesmos, que não sabemos com lidar com ele. Estar disponível é graça de Deus, maior ainda quando colocamos nossa disponibilidade à serviços dos irmãos.

Após na Crisma, normalmente a primeira tarefa do jovem é ingressar em um grupo de jovens de sua comunidade, para que ali, ele encontre responsabilidades e amor ao serviço da Igreja, e quando isso acontece o jovem sempre vai querer mais ajudar.

Depois de um período à frente com os jovens, o jovem, não mais “verde” na igreja, com experiência espírito de liderança, poderá “avançar para as águas mais profundas”. Encontrar-se com  melhor pastoral que se identifique é sempre a melhor opção. Procure reavivar seus dons nela, para que o Espírito de Deus, aja em seu coração, e que possa levar a palavra de Deus em todo lugar. Eis alguns exemplos de pastorais:

- Pastoral da Catequese (Primeira Comunhão)
- Pastoral do Crisma
- Pastoral da Juventude (Grupo de Jovens)
- Pastoral dos Enfermos
- Pastoral Carcerária
- Pastoral da Família
- Pastoral Litúrgica
- entre outros.....

Procure se informar em sua comunidade, qual está disponível, e comece desde já, a sua presença é indispensável. Você sempre tem algo para pôr em serviço. Deus escolheu sempre os que pouco tinham ou nada possuíam para segui-Lo, os seus apóstolos são prova disso. “Pouco são os chamados, mas muitos são os escolhidos”.
Fique no amor de Deus e na paz de Maria nossa Mãe.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Depressão, um mal que atinge a todos

Não adianta só falar que a pessoa é fraca.



Não há quem não tenha depressão, até entre os salmistas você encontra deprimidos. Até Jesus. Mas não podemos parar nela, senão vira enfermidade. Depressão significa "buraco". A pessoa cai no buraco - e todo mundo cai. Quem nunca ficou triste? Importante é não ficar nele. Com Deus nós saímos do buraco.

O Vaticano fez um congresso sobre esse tema [depressão], porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo desse evento e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com essa enfermidade. Precisamos tratar desse povo.


Depressão tem cura, e esta tem 3 caminhos:
- Procure um médico psiquiatra; ele pode dar remédio;
- É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;
- O tratamento tem de ser físico e espiritual.

A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião. Não tenha medo de procurar os três tratamentos. Vá ao grupo de oração e peça oração, mas vá também ao médico. Se você puder buscar alguém que tenha experiência e maturidade para rezar por você, ótimo.

Essa doença é muito difícil de ser diagnosticada. Eu coloquei no meu livro uma relação de coisas que uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que a pessoa sente? Muitos podem ser os sintomas da depressão como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelos.

Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de juntar pai, mãe, irmãos, namorado. Rezar abraçado com a pessoa uma Ave-Maria, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete... Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e devagar. É um ato de amor e caridade - e a família é importantíssima nisso.

O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Temos de cultivar a alegria. Não podemos ficar no buraco.

Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no buraco. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus! Perceba o valor que você tem. Você é um ser, alguém muito importante para Deus. Pare de falar que você não tem valor, que você não presta! Você tem valor: isso é a primeira coisa que um deprimido tem de entender. Você é filho do Dono do mundo!

Você quer a prova de que Deus Pai o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscá-lo.
Entenda o valor que você tem. Você é um filho amado de Deus, e não tem direito de "queimar" sua vida. A graça não dispensa a natureza. O Todo-poderoso está pronto para mover o céu para que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move uma palha para fazer aquilo que você pode fazer.



                                                                                                      

Por quê a Bíblia é importante?



Só há uma razão pela qual se pode dizer que a Bíblia é importante, tal como São Paulo diz:

"E não somos como Moisés, que punha um véu sobre o rosto, para que os filhos de Israel não vissem o final da glória que se desvanecia; e assim o entendimento deles ficou obscurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo, convertendo-se ao Senhor, é-lhe tirado o véu" (2 Co 3,13-16).

A Bíblia é importante por causa de:

Jesus Cristo 

Sem Jesus Cristo, a Bíblia não passa de um dos livros ultrapassados que por ai existem nos museus ou em uso nos mitos e superstições ou fossilizados.

Pode-se pretender que ela seja a Palavra de Deus. E é, mas a Palavra de Deus plenamente revelada por Jesus Cristo. Ele é a Revelação por excelência, a única Revelação do Pai;

Jesus é a Palavra do Pai 

Diz-se que Jesus é a PALAVRA porque manifesta ou revela o Pai, tal como Ele mesmo o diz:

"Jesus lhe disse: "Filipe, há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me tem visto, tem visto o Pai. Como podes dizer: mostra-nos o Pai?" (Jo 14,9).

Também Paulo e João o dizem:

"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura..." (Col 1,15)

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus" (...) "Ninguém jamais viu a Deus. o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer." (Jo 1,1.18).

É essa a função da PALAVRA: tornar conhecido o que ela significa. Caso um professor permaneça em silêncio perante um grupo de alunos, eles nada saberão de seu saber íntimo, pois, sem a palavra nada se sabe. Quando ele começar a falar, a fazer o uso "da palavra", passará a ser entendido e os alunos apreenderão o que ensina, por aquilo que ele "revelar" com a sua palavra. Ora, Jesus "revelou" o Pai; logo, JESUS é a PALAVRA DO PAI.

domingo, 28 de agosto de 2011

MENSAGEM PARA O DIA DO/A CATEQUISTA

Hoje estamos transmitindo a todos os catequistas uma mensagem do nosso amigo Dom Jacinto Bergmann,Arcebispo de Pelotas e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico‐catequética. A mensagem diz o seguinte:

 Querido e querida Catequista!

É a primeira vez que estou me comunicando com você catequista desde que assumi a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico‐Catequética. E faço‐o até comovido, sabendo o que significa cada catequista na nossa Igreja no Brasil. O que seria da nossa Igreja espalhada por todos os recantos do imenso território brasileiro sem os/as catequistas? Somos indispensáveis na educação da fé apostando no sentido pleno da vida.
Aliás, falando da fé, as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – DGAE 2011‐2015, afirmam no número 37: “A fé é dom de Deus! ‘Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva’ (Bento XVI, Deus Caritas est, n. 1). Por sua vez, este encontro é mediado pela ação da Igreja, ação que se concretiza em cada tempo e lugar, de acordo com o jeito de ser de cada povo, de cada cultura. A descoberta do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, dom salvífico para toda a humanidade, não acontece sem a mediação dos outros (cf. Rm 10,14)”.
Ainda tendo presente as DGAE, temos duas Urgências na Ação Evangelizadora, que dizem respeito diretamente ao nosso agir bíblico‐catequético: temos o grande desafio de tornar sempre mais a nossa Igreja “casa da iniciação à vida cristã” e um “lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”. Portanto, trabalho existe e a graça de Deus não falha!
PARABÉNS queridos/as catequistas pelo Dia do/a Catequista dentro do Mês Vocacional que estamos vivendo. A Igreja no Brasil reconhece com muito carinho essa vocação tão fundamental e apóia o “sim” dado diuturnamente a essa vocação por cada um e cada uma.
Um abraço fraterno, com a bênção do nosso Deus Trindade e a proteção de Maria, a educadora da fé por excelência,
Dom Jacinto Bergmann.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A vontade de Deus e a humana



Jesus afirmou: “Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 5,30). Aliás, na Agonia no Horto das Oliveiras, Ele assim orou: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; contudo, não se faça como que quero, mas como tu queres” (Mt 16, 39). Deixou magnífico exemplo para Seus seguidores. Santo Agostinho, sabiamente, ensinou que “a vontade é a potência pela qual se erra e se vive com retidão”. Daí a necessidade da atenção para com essa faculdade da alma que pode ser prejudicada pela indecisão ou falta de resolução firme para aderir às inspirações divinas.

Todo progresso espiritual consiste em desejar firmemente seguir os ditames celestes. A egolatria pode sutilmente levar o cristão a não querer se sujeitar à voz de sua consciência. Daí a necessidade da maleabilidade nas mãos do Divino Espírito Santo, para que todas as intenções sejam verdadeiramente retas e não meros caprichos humanos. Eis porque advertia São Paulo aos Filipenses sobre aqueles que buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo (cf. Fl 2,21). Donde ser preciso solicitar sempre a graça da constância para que se fuja da precipitação, da volubilidade, não sendo nunca o discípulo de Cristo irresoluto e instável, conforme advertiu de São Tiago (cf. Tg 1,8).

Para isso mister se faz equilibrar o coração com a inteligência. Estando esta iluminada, cabe à vontade executar com sumo amor e total disposição o que deve ser realizado em cada momento. Aliás, a finalidade última de toda oração deve a total conformidade com os desígnios do Ser Supremo.

Esta imolação da vontade própria é sumamente agradável a Deus. Tudo depende do domínio de si mesmo, o qual torna o cristão imune aos desvios que impedem sua adesão ao bem a ser praticado. Nunca se pode esquecer que a fidelidade, mesmo nas pequenas atitudes, cerra a porta a quase todos os males das potências superiores da alma, pois treina a vontade para o total autodomínio, levando a uma tranquilidade absoluta no falar e no agir, graças ao valor das virtudes internas do espírito. Chega-se então àquela moderação de que fala São Paulo a Timóteo, levando cada um “uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e decoro” (1Tm 2,2). É que aceitar a vontade de Deus em todas as circunstâncias, durante todo o dia, é uma grande prova de amor. 

Convém, porém, notar que, sendo Deus luz e amor, Ele se comunica com a pessoa humana de vários modos. São João da Cruz, sem querer, evidentemente, fazer um jogo de palavras diz que “às vezes percebe-se mais conhecimento do que amor; outras, mais amor do que inteligência ..., ou só conhecimento e nada de amor ..., ou só amor sem nenhuma informação do Espírito Santo”. O que vale, contudo, na prática, é a reta intenção de fazer o que Ele quer e não o que cada um desejaria fazer. É que um ato de vontade constante, feito com total dileção para com Deus, vale muito mais do que os grandes heroísmos passageiros, esporádicos. É desse modo que a vontade humana vai se tornando livre e generosa, como era a de Cristo, o qual pode dizer ser Seu alimento fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4,34). É lógico que esta conformidade absoluta com os desígnios de Deus leva o cristão a suportar com paciência todas as incongruências de uma passagem por este "vale de lágrimas" como é o presente exílio nesta terra. Estas provações então purificam o coração como o ouro no crisol.

Quantos cristãos, infelizmente, quando Deus permite qualquer desgosto, por pequenino que este seja, chegam até a se revoltar contra Ele. Ainda bem que o Onipotente é paciente, pois poderia punir imediatamente estes insurgentes. Por tudo isso, o acatamento de tudo que Deus permite se torna fonte maravilhosa de merecimentos. A dependência filial em todas as circunstâncias da vida, este abandono amoroso nas mãos da Divina Providência, este oferecimento habitual nas dificuldades que surgem, esta paciência inalterável atraem o beneplácito do Todo-Poderoso Senhor. É quando o cristão deve se lembrar das palavras de São Paulo aos Coríntios: “Realmente, o leve peso de nossa tribulação no momento presente, prepara-nos, além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória; não que nós olhemos as coisas visíveis, mas para as invisíveis; é que as coisas visíveis são transitórias, ao passo que as invisíveis são eternas” (I Cor 5,417-18). Além do mais, a imperturbabilidade é o venturoso resultado da aceitação de tudo como vindo da mão de Deus. Tudo é, deste modo, contemplado pelo prisma da Divina Sabedoria.

É dessa maneira que o querer humano vai se transformando no querer divino. Pensar, desejar, aspirar, sentir em tudo conforme a adorável Vontade Divina deve ser sempre o grande intuito do verdadeiro imitador de Jesus Cristo.

Namoro x Amizade


O homem não nasceu para viver isolado. Disso sabemos e, inclusive, estudamos na escola a importância dos nossos relacionamentos. Poderíamos dizer que a amizade entre as pessoas se fundamenta nos encontros de suas necessidades diversas e em suas descobertas conjuntas, baseadas na lealdade e no comprometimento de ambas as partes.
Ainda quando estávamos dentro do convívio familiar, nossos abraços, beijos e outras manifestações de carinho tinham uma conotação fraterna. Num convívio social mais abrangente vivemos uma outra dimensão, na qual continuamos a ser fraternos, mas com pessoas com as quais não tínhamos convivido anteriormente.
A preocupação e o carinho recebido por parte de nossos amigos poderiam facilmente ofuscar nossa visão, a ponto de acharmos estar apaixonados ou viver um outro tipo de amor, platônico ou não, por esta pessoa. Mas, se um namoro começa a partir de uma amizade verdadeira, como podemos identificar se o nosso abraço está ganhando um sabor diferenciado? Poderia aquele (a) amigo (a) ser um (a) futuro (a) namorado (a)?
Do convívio de amigos de longo tempo e da admiração por suas qualidades, da maneira de pensar, entre outros, a pessoa pode pensar ter encontrado a sua cara-metade.

Assim como o valor de um diamante se concentra na ausência de impurezas, nossos sentimentos, da mesma forma, precisam ser trabalhados, a fim de identificar e eliminar as impurezas que podemos colocar neles, quando nos sentimos perdidos no “oceano” de nossas carências.
Algumas vezes, podemos projetar no amigo a necessidade de proteção ou de cuidados que não foram recebidos. Outras pessoas veem nele uma oportunidade para a cura de suas frustrações, medos ou inseguranças... Considerando a possibilidade de viver a mudança de uma amizade para um namoro, este será o momento propício para investir ainda mais na amizade no sentido de buscar respostas para perguntas como:
O que me faz ver essa pessoa como um namorado?
Que sinais eu percebo nessa pessoa, e que vejo a possibilidade de crescimento numa vida a dois?
Que hábitos ou costumes a pessoa traz com os quais não compartilho e que exigirão disposição para mudanças?

Essas e outras perguntas precisarão encontrar respostas que consideramos relevantes para a nossa felicidade. Pois nesse tempo de pesquisa, pode-se constatar que a admiração que se tinha, o sentimento de cumplicidade, a compatibilidade de ideias não desapareceram, mas o sentimento para algo além da amizade, que se pensava existir, já não se encontra mais.
Sem atropelos, e na maturidade da afetividade, devemos nos colocar predispostos a viver esse tempo de conhecimento recíproco sem antecipar experiências, impulsionados por carências e desejos desenfreados; o que poderia, tão somente, esvaziar o puro relacionamento de amizade que existia.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Família e catequese


Ao criar o homem a sua imagem e semelhança e dar-lhe a mulher por companheira, Deus quis constituir a família como célula primeira e vital da sociedade. Porém, as famílias estão se deteriorando progressivamente, ameaçadas pela crise de valores que temos testemunhado em nossos dias. A família não é mais um celeiro de santidade, mas um criadouro de caricaturas humanas sem espaço para a vivência dos valores evangélicos.
Muito se ouve falar sobre evangelização das e nas famílias. Mas esta continua sendo um grande desafio. Não sabemos como envolver as famílias, sobretudo, no processo de catequização dos filhos. É sabido que os pais devem ser os primeiros catequistas de seus rebentos. Entretanto, a realidade é bem diferente. Muitas crianças chegam aos encontros de catequese e não sabem sequer fazer o sinal da cruz. Toda a responsabilidade é repassada ao catequista, e não deve ser assim.
A iniciação cristã tem que começar em casa. A Bíblia Sagrada nos mostra o exemplo de Timóteo, o qual foi educado na fé por sua avó e sua mãe: “Conservo a lembrança daquela tua fé tão sincera, que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe Eunice e que, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Tim 1,5). Infelizmente isto é raro hoje em dia. Mas graças a Deus ainda existem famílias que conservam vivos os valores cristãos.
Entretanto, o que se vê, geralmente, são pais que simplesmente mandam ou deixam seus filhos na porta da Igreja e voltam para buscá-los horas depois. Parece não haver nenhuma preocupação com a evangelização da criança ou do adolescente. Muitos nem ao menos conhecem o catequista do filho, nunca o procuram para saber o que acontece nos encontros de catequese. A preocupação maior é com a cerimônia do dia em que o catequizando receberá o sacramento. Tanto é que quando procuram o catequista não é para saber o que o filho está aprendendo, mas como será a roupa que irá vestir no dia celebração.
Na tentativa de envolver as famílias, em muitas paróquias tem-se o costume de celebrar “missas da catequese”. No entanto, quase sempre quem participa são apenas os catequistas e os catequizandos.
O que fazer diante dessa realidade? Na paróquia de Sant’Ana, em Belém do Pará, algumas experiências têm dado certo. O ENCONTRÃO DAS FAMÍLIAS, por exemplo. A cada dois meses realizamos um encontro para as famílias dos catequizandos, não apenas para os pais, mas para todos os membros da família, no qual os próprios catequizandos apresentam, em forma de arte (teatro, dança, música, etc.), o conteúdo trabalhado durante os encontros de catequese. Ao final as famílias se confraternizam, partilhando o lanche que cada uma traz.
Outra experiência bem sucedida é a MISSÃO CATEQUÉTICA. Trata-se de visitas às famílias dos catequizandos. Cada catequista, juntamente com seus catequizandos, realizam visitas regulares às famílias para conhecerem a realidade de cada uma e juntos rezarem e partilharem suas experiências de fé e vida.
Nossas reuniões com os catequistas acontecem sempre na casa da família de um catequizando. O objetivo é partilhar com a família nossas alegrias e tristezas, nossas preocupações e nossas conquistas e assim envolvê-la na missão evangelizadora.
Muitas outras experiências por este Brasil a fora têm conseguido envolver as famílias e, portanto, devem ser incentivadas. É evidente que os resultados não são imediatos. Mas convém lembrar que a manifestação de Deus acontece em doses homeopáticas. Por isso, é preciso paciência e não desanimar diante das adversidades. Deus testa nossa perseverança e nem sempre suportamos, porque vivemos numa cultura do imediatismo. Todavia, o cristão não pode ser assim.
É urgente que nossas famílias voltem a ser celeiros de santidade. Para isso, a catequese deve ser um canal da graça de Deus, principalmente para aquelas famílias que se encontram desestruturadas. É indispensável fazer ecoar nesses lares a palavra de Deus. Logo, não podemos ficar parados de braços cruzados esperando que venham até nós, e sim somos nós que temos que ir ao encontro dessas famílias, cumprindo desta forma o mandato missional de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações...” (Mt 28, 19). Portanto, nossa maior alegria deve ser testemunhar o amor de Deus.

domingo, 21 de agosto de 2011

Rio de Janeiro será a próxima sede da JMJ, anuncia Bento XVI





O Rio de janeiro será a sede da Jornada Mundial da Juventude 2013! O anúncio oficial foi feito pelo Papa Bento XVI, ao fim da Missa de encerramento da JMJ Madri, neste domingo, 21.

A data prevista para o evento é de 23 a 28 de julho de 2013 e a expectativa é reunir mais de dois milhões de jovens peregrinos.

"Este é o maior evento da Igreja. Juntando o número de pessoas de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, não dá a metade do que se dá numa Jornada Mundial da Juventude”, destaca o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio Costa Ribeiro.

Para os jovens da América Latina será mais barato vir ao Brasil do que ir para uma JMJ na Europa, por isso, o vice-coordenador geral da JMJ Rio, Dom Antônio Augusto, espera que o público seja ainda maior que o da JMJ Madri.

Segundo Dom Antônio, a escolha do Papa pelo Brasil tem muito a ver com a esperança que o Santo Padre tem pela América Latina. “É uma demostração viva de como a Igreja se apoia muito nos países latino-americanos onde o carisma e a fé do povo católico são muito fortes”, destaca.

Hoje, a fé da América Latina é um exemplo para os outros países da Europa que precisam de uma nova evangelização. Para o cantor e missionário da Comunidade Canção Nova, Dunga, a JMJ Brasil trará um "novo impulso para a evangelização dos jovens", primeiramente se expandindo para todo continente e, depois, atingindo todo mundo.

"Será uma oportunidade para todas as dioceses de nosso país, junto com seus bispos, sacerdotes e leigos, vivam uma profunda comunhão, demostrando que a Igreja é uma grande família", destaca Dom Antônio.

Segundo ele, a escolha não foi só pelo Rio de Janeiro, mas pelo Brasil, e  será um sinal de unidade e mor diante de tantas tragédias que o mundo está vivendo.

“O Brasil mostrará que a Igreja é um só coração e uma só alma, exemplo de unidade, comunhão para esta sociedade que tanto sofre com divisões, fragmentação de valores e desigualdade social. Que o Brasil possa demostrar pra todo mundo que a fé une os corações”, enfatiza.


Programação

Na programação oficial da JMJ Rio já estão confirmadas as catequeses, a Via Sacra, a Vigília e a Missa com o Papa, eventos já tradicionais em todas as edições da JMJ.

“Fora da estrutura oficial do evento, não temos nada planejado ainda. Mas o Brasil certamente tem muito a oferecer aos jovens”, conta o  vice-coordenador.

Para o missionário Dunga, as apresentações das bandas brasileiras na JMJ Madri foram um aperitivo do que acontecerá na JMJ Rio.


Custos da JMJ Rio 

Organizar uma JMJ realmente é algo que acarreta muitas responsabilidades, preocupações e empenhos, salienta Dom Antônio. A arquidiocese do Rio e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estarão a frente desta organização que tem como coordenador-geral Dom Orani  João Tempesta, Arcebispo do Rio.

“A maioria dos recursos procederão das inscrições que começarão no final de 2012. Mas antes do inicio das inscrições precisamos de recursos para as primeiras despesas como a divulgação”, explica  o vice-coordenador.

Além das inscrições dos jovens, a Igreja espera contar com recursos vindos de patrocinadores. Já os suportes na segurança e no transporte serão concedidos pela prefeitura do Rio de Janeiro, como é natural em qualquer evento.

“Esperamos que escolas, paróquias e as famílias abram suas casas para acolher esses jovens”, destaca Arcebispo Emérito do Rio.


Expectativas

Desde 2007, quando o Brasil se colocou oficialmente como candidato para sede de uma JMJ que as expectativas eram grandes. Em 2010, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, durante a Jornada Arquidiocesana da Juventude, exibiu um vídeo expressando o entusiamo da arquidiocese para que a capital carioca  fosse escolhida como sede da próxima JMJ. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Virgem mãe Senhora da Abadia - Missa e procissão

Procissão de Nossa Senhora da Abadia












Mons. Osvaldo(o 1º a esquerda), Padre Manoel (a esquerda), Bispo Dom Ricardo e  Padre Edson


Nosso Pároco, Padre Manoel

Bispo Dom Ricardo



2ª leitura

População boquirense reza em louvor a Nossa padroeira

Salmo

1ª leitura


Comentarista Néia

Entrada

Pastoral Familiar.

Padre Edson canta;


Família em Cristo Jesus.

Andor de Nossa Senhora Da Abadia.


Padre Edson anima a População antes da missa.




Nossa Senhora da Abadia, rogai por nós.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Na Igreja ninguém é insubstituível

Esta parábola das bodas – registrada somente por Mateus – foi proferida por Jesus em Jerusalém, em Sua última semana de vida sobre a terra. Essa última semana de vida de Jesus em Jerusalém foi de conflito contra todos os líderes religiosos: sacerdotes, escribas, fariseus, anciãos do povo. Na verdade, o mentor desta guerra contra Jesus era satanás, que queria se opor ao plano de Deus.
Na parábola das bodas, Jesus fala que o Reino dos Céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar os convidados para essa festa. Estes, porém, não quiseram vir mesmo depois que o chamado foi renovado, com a observação de que tudo já estava preparado. Houve não só manifestação de indiferença como também até uso da violência contra os servos do rei, alguns dos quais chegaram a ser mortos. O rei, então, enfurecido, mandou seus exércitos, destruiu os homicidas e incendiou a cidade, tendo, então, chamado pessoas de fora dos limites da cidade para participar das bodas, sendo, então, recolhidos bons e maus.
Com a festa nupcial cheia de convidados, o rei foi observar os convidados e encontrou um homem sem trajes nupciais que, depois de interrogado e nada ter dito, foi lançado às trevas exteriores, onde havia pranto e ranger de dentes. Por isso, concluiu Jesus que muitos são chamados e poucos, escolhidos (cf. Mt 22,1-14).
Essa afirmação de Cristo deve ser verificada dentro do contexto da parábola. O rei chamou muita gente, mas aqueles que atenderam ao seu convite e participaram efetivamente da festa foram poucos em relação à população convidada. Havia muita gente no banquete, mas esta “muita gente” era pouca em relação aos que haviam sido convidados. Do mesmo modo, os salvos são poucos em relação a toda a humanidade, que foi convidada para a salvação.
O chamado é para todos, mas os escolhidos, ou seja, aqueles que atenderam ao chamado e se trajaram convenientemente, são poucos. Vemos, pois, que ao contrário do que dizem alguns, este texto, em vez de ser base para a doutrina da predestinação, confirma que a escolha é resultado do exercício do livre-arbítrio dos salvos.
Da mesma forma, a festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu ou você recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém – mas ninguém mesmo! – é insubstituível. Nem Moisés foi considerado insubstituível, até mesmo no momento em que mais Israel precisava dele, no momento em Canaã seria conquistada.
Os propósitos de Deus não são frustrados. Pela Bíblia sabemos que Deus tem um plano elaborado. E Ele trabalha de acordo com esse plano, zelando pelo seu fiel cumprimento. Sabemos que o Todo-poderoso remove todo e qualquer obstáculo que tenta impedir a realização do Seu plano, bem como substitui toda e qualquer pessoa, grupos, povos, nações, denominações evangélicas, que se recusarem a colaborar para a realização dele [Seu plano].
Na parábola das bodas, o rei não adiou nem cancelou a festa das bodas de seu filho, devido à recusa de seus convidados, os quais, segundo ele, “não eram dignos”. No dia determinado, “a festa nupcial ficou cheia de convidados”. Os que rejeitaram o convite ficaram de fora, perderam a oportunidade que lhes fora oferecida. Outros convidados ocuparam seus lugares e a festa se realizou.
Eu e você, meu irmão, não somos insubstituíveis, seja qual for o trabalho que estamos fazendo. Se nós recusarmos, Deus levantará outros, porque nada e ninguém poderá impedir a realização do Seu plano.
Repito: a festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu ou você recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém – mas ninguém mesmo! – é insubstituível.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Como ficam os estímulos da Bíblia a uma vida casta?



Para expressar uma porção de conceitos, o mais das vezes pouco claros, a psicologia tomou emprestado um vocábulo polinésio. Trata-se da palavra "tabu". Esta imediatamente nos leva a uma ideia potencialmente negativa. Seriam proibições (quase sempre idiotas para o homem moderno) a respeito de assuntos dos quais nem se deve falar. Mexer nessa área seria expor-se a perigos sobrenaturais. Derivam do respeito que se deve ter para com objetos sagrados. Seriam interdições mágicas, que não devem ser discutidas por serem santas. Tal ideia se avizinha de uma neurose. Mais de uma vez na vida já escutei gente sentenciando que a maioria das proibições religiosas, de ordem sexual, seriam meros tabus, portanto, leis irracionais. Neste caso, como ficam os estímulos da Bíblia a uma vida casta? “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, honroso e puro” (Fil  4, 8)?

Quando em assuntos sexuais se procura mostrar a beleza da sexualidade, como uma forte energia motivadora, um bem desejado por Deus dentro da vida matrimonial, não se pode mais falar em tabu. Este existe onde não há motivação, onde tudo é misterioso e sem razão de ser. O  verdadeiro discípulo de Cristo sabe por que deve se abster de desregramentos sexuais. Isso é uma espécie de disciplina, visando bens maiores. O que buscamos é relativizar o legítimo prazer sexual, por sabermos que existem bens maiores, como o amor a Deus e ao próximo. "Só os puros verão a Deus" (Mt 5, 8).
Certa ocasião, numa roda de conversa, falei a meus interlocutores que eu admirava muito o gesto heroico da mártir catarinense Beata Albertina Berkenbrock. Ela preferiu derramar seu sangue a satisfazer os instintos sexuais de um homem brutal. Ela preferiu morrer por causa de suas convicções religiosas. E também para defender a honra da mulher. Então um distinto senhor sentenciou: “Essa moça não serve de modelo para a juventude de hoje”. Trata-se de alguém que capitulou diante do mundo moderno. Ele acha que a mulher, em vez de dar a sua vida por convicções de fé, deveria se entregar pacificamente. Essa bem-aventurada – que do céu ela me ouça- seguramente não agiu por força de tabu, mas por convicções de fé.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nossa Senhora da Abadia



Também conhecida como Santa Maria do Bouro, por ser originária do convento do Bouro, próximo à cidade de Braga, em Portugal. A imagem, muito antiga, pertencia a um recolhimento religioso chamado Mosteiro das Montanhas, que existia naqueles arredores por volta do ano 883. Com a invasão dos sarracenos, os religiosos escaparam levando consigo a imagem da Virgem.
No tempo do Conde Dom Henrique, um fidalgo chamado Pelágio Amado, tendo-se enviuvado, decidiu consagrar sua vida à oração e à penitência, abandonando a corte. Dirigindo-se a Braga, ali encontra, mais precisamente na ermida de São Miguel, um santo ermitão chamado Frei Lourenço.
Pelágio o procura suplicando-lhe para que o aceitasse como discípulo. O velho eremita, a princípio, duvidou que um homem tão débil fosse capaz de seguí-lo em sua vida austeríssima. Frei Lourenço tirou-lhe os nobres trajes e ofereceu-lhe o hábito de eremita. Pelágio cresceu de tal forma na vida de santidade que causou admiração ao próprio mestre.
Cada um vivia em sua cela. Certa noite, o novo eremita Pelágio observou no meio do vale uma grande claridade. Contando ao velho a respeito da estranha luminosidade, na noite seguinte ficaram vigiando e os dois viram o resplendor que saía de uma das pedras iluminando grande parte daqueles vales. Ao amanhecer, trataram de constatar a razão do fenômeno.
Para surpresa de ambos, encontraram entre as pedras uma imagem muito antiga da Virgem Maria. Felizes por tal descoberta, ajoelharam-se agradecendo a Deus por aquele favor. Mudaram as celas do alto do monte para aquele local.
Fizeram uma ermida e ali depositaram reverentemente a santa imagem.
O arcebispo de Braga teve notícia da prodígio e foi pessoalmente visitar a ermida. Vendo a pobreza com que aqueles homens viviam, ordenou o prelado a construção de uma igreja de pedra lavrada, digna de abrigar a Mãe de Deus. Aos poucos foram aparecendo homens dispostos a se consagrarem a Deus e, unidos aos primeiros eremitas, formaram uma comunidade religiosa. Espalhou-se a fama de Nossa Senhora da Abadia. Seus milagres foram-se difundindo pela terra portuguesa. O próprio rei Dom Afonso Henriques foi pessoalmente visitar o santuário, onde deixou uma boa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus.
Após a descoberta do novo mundo, a imagem de Nossa Senhora d'Abadia foi trazida ao Brasil, certamente, por algum devoto bracarense, que a entronizou nos chapadões do próspero "Triângulo Mineiro", onde encontramos várias cidades que têm Santa Maria do Bouro como padroeira. Passou depois para Goiás, localizando-se principalmente em Muquém e na antiga capital da província, a Vila Boa, que ainda conserva sua bela matriz, construída no século XVIII.
Na progressista cidade de Uberaba, Minas Gerais, cultua-se mui piedosamente a Virgem Maria sob o título de Santa Maria do Bouro. Sua igreja, construída em fins do século passado, possuía em suas proximidades uma cisterna cuja água era considerada milagrosa. Fiéis vinham de longe em busca dessa água santa. Devido aos abusos, certo dia, inexplicavelmente, a cisterna secou. Celebrada no dia 15 de agosto, a festa de Nossa Senhora da Abadia reúne centenas de devotos que se dirigem à Virgem do Bouro para fazer seus pedidos e apresentar sua gratidão pelas graças recebidas.
Festa celebrada hoje, dia 15 de  agosto.


Em breve, fotos da festa de Nossa Senhora Da Abadia aqui no blog...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A gratidão nos Faz ricos

Vamos refletir sobre a virtude da gratidão. A gratidão é uma virtude necessária para a sobrevivência humana. Sem ela somos pobres e cortamos as fontes da riqueza e da vida. É o amor que acolhe e nos enriquece.

A consciência do dom recebido abre-nos à riqueza do dom maior que é Deus e à riqueza que são as pessoas. Por isso dizemos: ‘Quem agradece, pede’. Pedir não significa esmolar, mas entrar em diálogo. A gratidão nos faz ricos, pois nos abre aos dons.

O avaro e o ingrato têm riquezas, mas vivem em seu isolamento. É curioso que alguns podem dizer: ‘Por que vou ajudar os outros? Tudo o que tenho foi conquistado à custa de muito suor.’. Seria verdade se nós tivéssemos feito o ar, o sol, a terra, todas as belezas do mundo, as outras pessoas, etc...

Vivemos num mar de dons que nos enriquece a cada instante. Cada respiração é um ato de agradecimento a quem nos deu a capacidade de respirar.

Agradecer não é só uma questão de educação. Vi povos que são agradecidos pela própria cultura. Outros são insensíveis. O que gera esta atitude é a capacidade de amar ou o egoísmo de pensar só em si. Na realidade, o que falta é a fé na bondade de Deus e em sua benevolência para com todos. Deus sempre nos supera em generosidade. Agradecer é reconhecer esta bondade divina que se manifesta no mundo criado e nas pessoas que nos servem.

Quando se diz que o homem e a mulher são os reis da criação, não podemos entender somente que estão acima dos animais, mas que são objeto de contínuo benefício e estão a serviço das outras pessoas. Todos se servem mutuamente.

Sem esperança a vida perde o significado

e não houvesse a crença de que a espera vale a pena, o ser humano desfaleceria no sentimento de vazio interior.

Sem esperança a vida perde o significado. Acreditar no que ainda não se tem, não se vê, não se toca, é imprescindível, pois o coração sente a existência do que é invisível e recusa toda não-verdade a respeito dos dons e talentos que Deus concedeu, identifica a proximidade do algo bom que está por vir e a sensibilidade alerta que está presente o objeto da busca tão prolongada e de tantas preces.

Não desista, vá em frente, acredite no que Deus quer fazer em você! Uma pessoa inflamada pela esperança vence o mundo e chega aonde todos achavam que seria impossível.

Só uma coisa pode deter esse ser humano: O imediatismo. Querer tudo de forma imediatista é falta de amor a si próprio e uma violência com o próximo, pois não admite o estar em construção, interrompe processos de gestação e de reparos.

Mostramo-nos imediatistas no trânsito, ao aguardar o elevador, em filas, com o atendente que parece estar ocupado; desde pequenas coisas do dia até as maiores.

Neste mundo moderno, que nos educa a querer ter resultados simultâneos às nossas vontades, muitos acreditam somente no que é palpável, visível e provável. A fé perde terreno e o que passa a valer é o que o homem consegue entender. As alegrias verdadeiras perdem o valor e dão lugar às sensações do momento. Enquanto a esperança nos ensina que tudo o que vem de um processo é mais durável e perfeito e que toda gestação prepara quem gesta e quem nasce.

Esperança se faz de luta, garra e perseverança.

A esperança nos prepara para ver Deus. Não O vemos, não O tocamos, mas a presença d'Ele é sentida. Ele está aqui, está aí, vê as lágrimas e as dores, trabalha do nosso lado, somente espera estarmos prontos para nos agraciar com o que Ele tem de melhor. O Senhor tem esperança em você!

Qual a sua esperança? Qual o sentido da sua vida? Pelo que você luta hoje? Seja qual for a resposta, uma coisa é certa: é tempo de se despir de todo apelo à urgência e esperar no Senhor.

Deus o Abençoe!

Diversos tipos de fome



O máximo desejo do coração humano é uma vida sem fim, a eternidade, a felicidade. Ele é atingível somente por quem se nutre com o alimento que Cristo lhe dará, o seu corpo e o seu sangue.

No capítulo 6º do evangelho de Jesus Cristo narrado segundo São João onde, como parte central, está o discurso de Jesus sobre o pão da vida. É oportunidade para interrogar-nos sobre os desejos do nosso coração, se entre eles está a fome de Deus, e a que ponto esse desejo se encontra na escala dos valores que contam de verdade. Às vezes temos dificuldade de olhar para o alto.

Desejo é a fome de um coração insaciável. Começa já desde a infância. A fome do desejo se manifesta também quando se está satisfeito. Muitas vezes esse contínuo desejo é causa de infelicidade. Sábios antigos nos deixaram sentenças a esse respeito: “Quem muito tem, deseja mais” (Sêneca). “As coisas dos outros são as que mais nos agradam, e as nossas aos outros” (Publilio Siro). “É sempre mísero aquele que deseja (Claudiano). “Na vida, as coisas que desejamos têm a especialidade de chegar muito tarde” (Isaac B. Singer). “Coloque em uma caixinha um desejo; abre-a; encontrarás um desengano” (Pirandello). “Cem desejos, cem dores” (Buda).

Existem sem dúvida desejos não bons. No Novo Testamento, na carta de Tiago 4, 1-2), encontramos a explicação: “De onde vêm as guerras? De onde vem as brigas entre vós? Não vêm precisamente das paixões que estão em conflito dentro de vós? Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais, fomentais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir”. No Decálogo existem dois mandamentos: “Não desejar a mulher do próximo”, “Não desejar as coisas alheias”.

Poderia então perguntar-se: É melhor não desejar? Miguel de Cervantes escreveu: “Não desejes, e serás o homem mais rico do mundo”. Também o sábio Sócrates advertia os atenienses: “Menos desejos temos, e mais nos assemelhamos aos deuses!” Mas no desejo parece que esteja alguma utilidade: Os grandes desejos são necessários à humanidade: dão-lhe movimento e vida. Gustavo Flaubert dizia: “Uma alma se mede pelas dimensões de seus desejos, como se julga uma catedral pela altura de seus campanários”. Melhor ainda, pela qualidade dos desejos: “Dizei-me que coisa desejas, e eu direi quem és”. Por isso “nossos desejos nos definem: somos mais ou menos o que desejamos” (Agostinho Guillerand).

Descobrimos que não temos somente desejos maus, podemos ter também uma fome nobre, digna da condição humana. Não podemos ser senão assim, dado que nascemos do desejo de Deus. Ele nos desejou, e criou-nos à sua imagem, por isso capazes do desejo. O pecado nos impele ao mal, mas nos sentimos também e sempre reanimados pelo que é belo e bom.

Nós nos tocamos sobretudo quando conseguimos fazer um pouco de silêncio em torno de nós. Algo conforme escreveu santo Agostinho no livro das Confissões: “Tu nos fizeste para ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em ti”.

Somos chamados a fazer a grande descoberta: Jesus veio para saciar nosso desejo de Deus, nossa fome de infinito. Jesus, na sinagoga de Cafarnaum, depois do discurso sobre o pão da vida, ficou sozinho com os Doze. Perguntou-lhes como provocação: “Também vós me quereis deixar”. Coube a Pedro, o costumeiro Pedro dos momentos difíceis, dar a resposta exata: “Mestre, a quem queres que andemos? Somente tu tens palavras de vida eterna”.

As palavras de vida eterna, as mais explícitas, Jesus as pronunciou na Quinta Feira Santa, antes de ser traído. Palavras sempre desconcertantes: “Tomai, comei, bebei: isto é o meu corpo, o meu sangue”. Depois acrescentou: “Fazei isso em memória de mim”.

Nós sacerdotes continuamos a repetir as palavras decisivas de Jesus, porque ele as propôs, ele no-las deu: “Tomai e comei”. Sabendo que contêm e exprimem um mistério insondável. O mistério de amor de Deus que se dá. Satisfaz os nossos desejos melhores e sacia a nossa fome.

Procuremos ir ao encontro do Senhor com a fome e o desejo de Deus, de coisas limpas, de uma vida em harmonia com os outros, de um encontro com Jesus

Cristo que nos nutre e nos torna melhores com a sua palavra que se faz alimento para a vida deste mundo e a vida eterna.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Amizade é fruto de um amadurecimento cristão



Não se pode amar a dois Deuses.
Assim é a amizade.
Ela têm que ser sincera e honesta.
O mundo de hoje nos ensina a ser egoístas, mesquinhos, falsos, etc. ... .
Mas Deus nos ensinou : Devemos nos amar uns aos outros.
Construa um mundo melhor para você e seu amigo.
Ofereça a ele sempre um BOM DIA!
Lembre-se; mesmo em tempo de guerra, existe sempre alguém pronto a gritar pela paz.
Estenda a sua mão ao seu amigo, pratique o carisma que Deus lhe deu.
Deus nos deu muitos dons, onde foi que você enterrou o seu?
Se o mundo de hoje vive em guerra e conflitos, somos os culpados.
Precisamos mudar o nosso jeito de pensar e agir.
Existe alguém torcendo por você.
Basta abrir o seu coração.
Jesus está esperando por você.
Pense!

Por que se confessar com um padre?



ACUSAÇÃO: “Quem pode perdoar os pecados senão Deus? ” (Mc 2,7).

RESPOSTA : Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados e até O tachava de blasfemador eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu: “Para que saibais que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados […]” (Mc 2,10) e curou o paralítico, que foi perdoado à vista deles.

Esse poder de perdoar os pecados, o Senhor o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores, no dia mais solene: na Ressurreição quando lhes apareceu e disse: “Assim como o pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,21-23).

Não resta dúvida de que o sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: “Recebei o (dom do) Espírito Santo […]” expressam claramente que os Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido em favor das almas, remidas pelo sangue derramado na cruz. Daí dizer: “Eu não me confesso com os padres, porque eles também são pecadores” demonstra igual insensatez ao se afirmar: “Eu não vou, com minha doença, procurar conselho e remédio dos médicos, porque eles também ficam doentes”.

Por isso, os católicos, mesmo que sejam, cardeais e reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus. Os outros crentes, porém, preferem ignorar essas palavras de Cristo e desprezar o grande dom do Senhor no sacramento da penitência. Para motivar esse procedimento, procuram na Bíblia vários textos no sentido: “Convertei-vos… fazei penitência… arrependei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados,… para que sejais salvos”.

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e a satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento condições necessárias e suficientes para obter perdão do Altíssimo. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem a Jesus e o Evangelho, para os que não têm nenhuma ocasião de se confessar; são ainda condições necessárias para obter perdão na boa confissão. Mas quem no seu orgulho não acredita na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais Ele instituiu o sacramento da penitência, e por isso não quer se confessar, dificilmente receberá perdão!

Cada pecado é um ato de orgulho e de desobediência contra Deus. Por isso “Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte na cruz” (Fl 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados e nos merecer o perdão. Por essa razão, Ele exige de nós confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do Seu representante, legitimamente ordenado. Conforme a Sua promessa: “Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18,14).

Alguns “crentes” aliciam os católicos para sua crença, com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão), estes estarão livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar! (Conseqüentemente, não precisarão mais de nenhuma confissão). Apóiam essa afirmação nas palavras bíblicas de I Jo 3, 6 e 9 “Quem permanece n'Ele não peca; quem peca não O viu, nem O conheceu” e “Todo aquele que é gerado por Deus, não comete pecado, porque nele permanece o germe divino” (a graça santificante).

Em resposta, lembro o princípio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições. Por isso, as palavras menos claras devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade estabelecida por Deus (Magistério da Igreja). Ora, o próprio apóstolo escreve em (I Jo 1,8-10): “Se dizemos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda a iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós O declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós”.

Por isso, a Tradição Apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9: “Todo aquele que é gerado por Deus não peca” no sentido de “não deve pecar gravemente”, já que possuindo a graça de Deus, tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves – veniais; sendo somente Maria Imaculada livre de qualquer mancha do pecado original e pessoal, em previsão dos méritos antecipados de Jesus Cristo que a escolheu por sua Mãe. Portanto, todos os homens adultos necessitam de Misericórdia Divina; e os sinceros seguidores da Bíblia receberam-na, agradecidos, no sacramento da confissão.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Espere em Deus



O desespero opõe-se a bondade de Deus e a sua justiça, porque o Senhor é fiel em suas promessas. Não perca a esperança!

'O desespero é o pecado contra a virtude da esperança', isso nos diz o catecismo.

Tem hora que o desespero bate, bate, mas ai precisamos nos lançar em Deus. Acreditando que Jesus preparou o vinho melhor para depois, imagine aquele casamento que o vinho acabou, mas sem desespero os serventes obedece a Virgem. E alegria daquele casamento foi completa, porque não perderam a esperança.

O melhor de Deus está preparado para mim e para você e ainda vai se manifestar. Deus tem no céu reservátorio de graça para você. Alimente em seu coração a virtude da esperançã, porque se não você irá até o Senhor com dúvidas.

O evangelho nos conta da mulher que sangrava e tocando em Jesus recebeu sua cura, pois ela não estava com o seu coração desperado, mas com o coração esperançoso, cheio de fé. E tocando Jesus, Jesus sentiu e perguntou quem me tocou? Porque era um toque diferente.

Espere em Deus os milagres, não perca a esperança.

Hoje não me desespero mais com a minha família que não é toda convertida, mas eu acredito que toda minha família será salva, mesmo contemplando o que eles vivem. Vivo com esta esperança que não me faz desanimar.

Deus está trabalhando na sua salvação e na dos seus. Muitos voltaram atrás porque perderam a virtude da esperança.

Quando você perder a esperança, você vai desistir do seu casamento e da realidade que você vive.

O choro pode durar uma noite, mas alegria vem pela manhã. Tudo passa.

'Não queira fazer as coisas no seu tempo, pois você pode estragar tudo. Espera no Senhor e Ele tudo fará!'

Deus pode até tardar ao seu parecer, mas Ele não falha, na hora certa Ele agi. Se seu medo é a sua família não entre no céu, saiba que na hora de Deus a sua salvação chegará a sua casa, se eles não entrarem por esforço pessoal, você vai arrasta-los por causa da sua fé.

Precisamos viver em função de uma esperança, que é a esperança da vinda Gloriosa de Jesus. Se perdemos a esperança voltamos atrás e passamos fazer o que o diabo quer.
Há tantas pessoas que não comtlemplaram o milagrem, e volta atrás, mas se Deus está nos fazendo esperar, é para o nosso bem, porque Ele sabe o melhor, ele sabe o melhor tempo.

Não percam a esperança, acredite! Em Deus temos tudo!

O salmo 23 diz 'O Senhor é o meu pastor e nada me faltará', e se te falta algo, talvez porque o Senhor não tem sido o seu Senhor. Seja uma ovelha dócil, deixe Deus te conduzir, para que você não venha peder aquilo que Deus já preparou para você. Se você deixar Jesus ser pastor, Ele mesmo te dará a paz e o necessério. Não queira apressar o tempo de Deus.

Espera no Senhor. Não é no seu tempo, é no tempo de de Deus que as coisas se realizará. Não queira fazer as coisas no seu tempo, pois você pode estragar tudo. Espera no Senhor e Ele tudo fará!

Reflexão Semanal'

Ao deixar de lado outras preocupações para entrar neste momento de oração, estou na verdade a aceitar um convite. Esteja ou não consciente disso, afastar as outras coisas que enchem a minha vida e focar-me na presença de Deus em mim é a resposta do meu coração Àquele que me atrai e que me convida. Deus está sempre diante de mim, em Jesus, a olhar-me em amor e verdade.

Estou, em todos os momentos, diante do Deus Vivo - usando o título do primeiro livro de Ruth Burrows. Além disso, Deus está activamente à minha procura para que eu vá em direcção a Ele e me realize.

“Atenção! Todos vós que ten­des sede, vinde beber desta água. Mesmo os que não tendes di­nheiro, vinde, …Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta? E o vosso salário naquilo que não pode saciar-vos? …Prestai-me atenção e vinde a mim. Escutai-me e vivereis” (Isaías 55, 1-3).

Ao longo desta semana – e, sem dúvida, ao longo do resto da minha vida, vale a pena pensar nestas palavras do Senhor, transmitidas em Isaías. Há uma verdade imensa nelas, sobre o amor avassalador de Deus em Cristo, que atinge o meu coração, que me chama neste momento e em todos os momentos de todos os dias.

E a minha resposta, como vimos anteriormente, é simplesmente: “Aqui estou, Senhor; tal como sou; que eu saiba escutar as palavras que diriges ao meu coração, porque são pão e vida. E dá-me a graça de responder com todo o meu ser. E então encontrarei a plenitude”.

Jornada Mundial da Juventude 2011



A Jornada Mundial da Juventude é um novo tempo que floresceu no coração da Igreja. O evento foi criado por João Paulo II, um homem que teve sua vida voltada a coisas muito comuns para a juventude. Uma inspiração desse tipo somente poderia ter brotado de um coração apaixonado pelos jovens. Não é difícil encontrar fotos e relatos desse homem jogando bola, acampando, praticando canoagem, entre outras muitas atividades, as quais poderíamos até considerar “radicais” para aquele que mais tarde se tornaria o Sumo Pontífice da Igreja Católica.

Ao longo de todo o seu pontificado, João Paulo II sempre esteve próximo daqueles a quem ele via como a esperança da Igreja, e com eles participava ativamente de cada uma das jornadas.

Na maioria dos eventos seculares, tais como: passeatas, manifestações públicas, shows, entre outros, o sucesso de cada edição  é medido pelo número de participantes. Uma grande concentração de pessoas é considerado um encontro de sucesso. Com base nesses indicadores, as mídias noticiam os recordes de participações.

A grande característica da unidade multirracial, promovida pela JMJ, está nos inúmeros testemunhos de solidariedade e de fraternidade vividos entre os participantes vindos dos mais diversos países. Em meio às muitas bandeiras nacionais, que se agitam em mastros improvisados identificando a origem de cada grupo, parece haver um diálogo entre os diferentes povos, ocasiões nas quais a alegria e o sorriso parecem ser assumidos como o idioma oficial entre eles.
No que se refere aos objetivos dessas jornadas, iniciadas por João Paulo II e que contam com a mesma dedicação do Papa Bento XVI, percebemos que os interesses transcendem a simples intenção de quebrar recordes ou promover apenas mais um momento de lazer.
A cada nova Jornada Mundial da Juventude, a Igreja empenha-se em preparar aqueles que participam diretamente do evento para viver com fidelidade seu testemunho evangélico. Aos participantes fica o compromisso de espalhar os efeitos e tudo aquilo que foi vivido e ensinado nesses dias no cotidiano.
Uma frase que, particularmente, acredito sintetizar os objetivos de todas as Jornadas Mundiais foi a saudação do Papa João Paulo II aos jovens: “Vocês são o futuro do mundo, vocês são a esperança da Igreja, e a minha esperança”. Percebe-se, nessas palavras, a verdadeira intenção daquilo que, para muitos, poderia ser apenas um movimento em que muitos jovens se uniriam para celebrar um acontecimento. Mas no coração daquele pastor estava a intenção de transformar a singela reunião em missão para a juventude mundial.

Aos inúmeros jovens, fica a missão da retomada, uma vez que, enraizados e edificados em Cristo, permaneçam firmes na fé, espalhando para o mundo o testemunho de solidariedade em suas paróquias, trabalhos, sobretudo em suas famílias.