Jesus começa mais uma sessão de catequese. Hoje, o Senhor nos ensina que não existe o verdadeiro discipulado que não passe pela cruz. Assim como Ele renunciou à Sua divindade, assumindo nossa carne pecadora e, posteriormente, abraçando a cruz até o fim, assim também todo e qualquer discípulo deve renunciar a si mesmo.
“Se alguém quer ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo. Tome a sua cruz todos os dias e siga-me”. Segui-Lo no seu caminho de amor e de entrega da vida. A reação dos discípulos diante desse discurso é de desânimo e frustração. Questionam se vale a pena seguir um Mestre que nada mais tem a lhes oferecer a não ser a morte na cruz. Mas Jesus – que melhor do que ninguém sabe que depois da cruz vem a glorificação – faz-lhes uma grande contraproposta. É melhor perder agora para ganhar mais tarde. Aliás, diz o ditado que “Quem ri por último, ri melhor”:
“O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” Ficai sabendo que depois do sofrimento, da tristeza, da calúnia, das perseguições e da cruz vós vereis: “o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez”. É um projeto da transfiguração gloriosa de Jesus.
A cena constitui uma palavra de ânimo aos discípulos, pois nela se manifesta a glória de Jesus Cristo e se atesta que Ele é – apesar da cruz que se aproxima – o Filho amado de Deus. Os discípulos recebem, assim, o testemunho de que o projeto que o Senhor Jesus apresenta é um projeto que vem de Deus. E por isso a advertência do Mestre: “Aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por minha causa salvá-la-á”.
Senhor Jesus Cristo, nós estamos bem agarrados à nossa vida. Não queremos abandoná-la, mas guardá-la totalmente para nós. Queremos possuí-la, não oferecê-la. Mas Tu nos precedes e mostra-nos que é apenas dando a vida que podemos salvá-la. A cruz – oferenda de nós mesmos – pesa-nos muito. Mas carregando a Tua cruz, Tu levaste também a nossa cruz e não a levaste apenas num momento qualquer do passado, uma vez que o Teu amor é contemporâneo à nossa existência. Liberta-nos do medo da cruz, do medo diante da troça dos outros, do medo de que a nossa vida possa escapar-nos se não aproveitar tudo o que ela nos oferece. Ajuda-nos a desmascarar as tentações que nos prometem a vida, mas cujas consequências nos deixam, no fim, sem objetivo e desiludidos. Ajuda-nos a não nos fazer senhores da nossa vida, mas a dá-la. Assim seja.
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Hellen's e Matheus