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sábado, 30 de julho de 2011

Não há o que temer, Deus está conosco!

Somos casa de Deus, porque Ele mesmo quis que fosse assim.
Deus não habita em templos feitos de mãos humanas” (cf. Atos dos Apóstolos 17,24), mas sim em nossa alma feita à imagem d’Ele, por isso precisamos honrar e respeitar o nosso corpo, que é templo do Espírito Santo.
“Porque somos o templo de Deus vivo” (II Cor 6,16b).
O Todo-poderoso habita em nosso coração e convive constantemente conosco; não estamos sós. Não há felicidade maior do que esta. Ele faz tudo conosco e sempre está ao nosso lado, exceto quando pecamos. Não temos motivo para temer nem para nos deixar abater.
Ao tomarmos posse dessa verdade (de que Deus habita em nosso interior), a nossa vida ganha um novo sabor e um novo significado.
Façamos hoje a experiência de convidar Jesus para fazer todas as coisas conosco e de pedir-Lhe ajuda em todas as situações, perguntando a Ele como devemos agir, pensar e rezar diante das situações, principalmente das mais adversas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Quando enxergamos bem, agimos bem

“O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas” (Mt 6, 22).
Se enxergamos bem, com os olhos do coração, nossos sentimentos são saudáveis e agimos bem com nós mesmos e com as pessoas; e as nossas mãos executam o bem. Por outro lado, quando enxergamos mal, os nossos sentimentos não são saudáveis e agimos de modo equivocado, contrário à vontade divina, porque as nossas mãos executam o que enxergamos.
Peçamos hoje a Jesus  a graça de enxergar todas as coisas com o olhar d’Ele, para amarmos como Ele ama, sentirmos como Ele sente e agirmos como Ele age com nós mesmos, com todas as pessoas e em todas as circunstâncias.
“Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de moda que possas ver claro” (Ap 3,18).
Jesus, põe o Teu “colírio” nos nossos olhos, para que enxerguemos clara e distintamente e de longe.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Catequista e a Animação Bíblica da Pastoral


“... Sede praticantes da Palavra, e não mero ouvintes ... “(Tg 1, 22)
Nos últimos anos, temos acompanhado a grande preocupação de nossa Igreja e o apelo de nossos bispos para um reaprender e familiarizar-se com o novo vocábulo que é o da “Animação Bíblico da Pastoral”. Obviamente, este termo pode ser novo na nossa linguagem, porém, muito presente na caminhada do povo da Bíblia bem antes da Tradição escrita. Todavia, não encontramos na Bíblia a expressão Animação Bíblico da Pastoral, mas encontramos uma dimensão bíblica que permeia todo agir ético e comportamental do povo de Deus. Um exemplo típico desta transmissão pode ser encontrado no Sl 78 (79) que diz: O que nós ouvimos e conhecemos, o que nos contaram nossos pais. Não o esconderemos a seus filhos, nós o contaremos à geração seguinte os louvores de Iahweh e seu poder, e as maravilhas que realizou”. Os primeiros educadores da fé e ou agente de pastoral, tinham em mente que o processo educativo da fé se dava pela de transmissão da Palavra de Deus.

No centro da espiritualidade de Israel está a Palavra pela qual Deus se fez conhecer a si mesmo e que ajuda a interpretar os novos acontecimentos da história. Logo, toda ação evangelizadora tanto no Antigo como no Novo Testamento, era perpassada pela dimensão Bíblico-Catequética.
O processo de transmissão consistia num núcleo fundamental para a exegese hebraica. Esta Tradição oral, ensinamento que foi sendo transmitido de geração em geração. Este processo podemos chamar de catequese. Para a Igreja a Escritura junto com a Tradição viva é norma suprema da fé, fonte principal e anúncio de vida.

Com o Concílio Vaticano II, percebe-se que cada vez mais ganha espaço e importância na ação evangelizadora a Animação Bíblico-Catequética. O grande contingente de cristãos que não foram evangelizados faz voltar o olhar para a rica experiência catecumenal da Igreja antiga, na qual a catequese estava estreitamente ligada à Bíblia e sua leitura inserida no seio da comunidade eclesial. Escolas catecumenais, como as de Alexandria e Antioquia, não só foram as responsáveis por uma formação cristã de qualidade, como também do desenvolvimento de uma pedagogia de educação na fé e da explicitação dos traços essenciais de um método adequado de leitura das Escrituras, influenciando a Igreja como um todo. “A catequese há de haurir sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Sagrada Escritura, porque a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito inviolável da Palavra de Deus, confiada à Igreja” (CT 27).

A recente exortação Apostólica pós Sinodal VERBUM DOMINI sobre a Palavra de Deus na Vida e Missão da Igreja ao falar de Animação Bíblico da pastoral no número 73 acentua que “quando se formam os fiéis num conhecimento da Bíblia conforme à fé da Igreja no sulco da sua Tradição viva, deixa-se efetivamente um vazio pastoral, onde as realidades como seitas podem encontrar fácil terreno para lançar suas raízes”(VD 73). De fato, a Animação Bíblica da Pastoral é como um novo impulso na pastoral de conjunto. Assim a evangelização ou a catequese evangelizadora como assim chamamos seja espaço favorável para o encontro com Jesus Cristo Vivo na Palavra. Portanto o catequista que desempenha um ministério que é o serviço da proclamação e do testemunho da Palavra de Deus, deverá ser o primeiro impulsionador da Animação Bíblico da Pastoral, conduzindo o itinerário de conversão daqueles que, tendo descoberto Jesus Cristo, querem continuar a descobrir a graça da fé, até alcançar a plenitude da vida cristã. A VERBUM DOMINI nos ajuda a compreender a Animação Bíblica da Pastoral como:

1.        Um esforço particular da pastoral em acentuar a Bíblia, Palavra de Deus na vida e missão da Igreja.
“O Sínodo convida toda Igreja a um empenho pastoral para ressaltar o ponto central da Palavra de Deus na vida eclesial recomendando “incrementar a “pastoral bíblica” não como justaposição com outras pastorais, mas sim como Animação Bíblica da Pastoral” (cf.VD, 73).
2.        Interesse real pelo encontro pessoal com Jesus Cristo na Palavra.
“Não se trata de acrescentar qualquer encontro na paróquia ou na diocese, mas de verificar que, nas atividades habituais das comunidades cristãs, nas paróquias, nas associações e nos movimentos, se tenha realmente o encontro pessoal com Jesus Cristo que Se comunica a nós na sua Palavra” (VD, 73).

3.        Conduzir a um maior conhecimento da Pessoa de Jesus Cristo.

“Dado que a ignorância das Escrituras é a ignorância do próprio Cristo, então podemos esperar que a Animação Bíblica de toda Pastoral ordinária e extraordinária levará a um maior conhecimento da Pessoa de Jesus Cristo, Revelador do Pai e plenitude da Revelação divina (VD, 73).

4.        Importância da Animação Bíblica da Pastoral como eficácia e solidez na missão diante do fenômeno dos novos movimentos religiosos.

“Exorto aos pastores e os fiéis a terem em conta a importância desta animação: será o modo melhor de enfrentar alguns problemas pastorais referidos durante a assembleia sinodal, ligados por exemplos à proliferação de seitas, que difundem uma leitura deformada e instrumentalizada da Sagrada Escritura” (VD, 73).

5.        FORMAR os cristãos no conhecimento da Bíblia, na fé da Igreja e sua tradição:

“Quando não se forma os fiés num conhecimento da Bíblia conforme à fé da Igreja no sulco da sua Tradição viva, deixa-se efetivamente um vazio pastoral, onde a realidades como seitas podem encontrar fácil terreno para lançar suas raízes” (VD, 73).

6.        Preparar a os Presbíteros e Leigos para INSTRUIR e ENSINAR com autenticidade as Escrituras.

“Por isso é necessário prover também a uma preparação adequada dos sacerdotes e leigos, para poderem instruir o Povo de Deus na genuína abordagem das Escrituras” (VD,    ).

7.        Promover COMUNIDADES onde a Bíblia seja fonte da oração e conhecimento segundo a fé da Igreja:

“Além disso, como foi sublinhado durante os trabalhos sinodais, é bom que, na atividade pastoral, se favoreça a difusão de pequenas comunidades, formadas por famílias ou radicadas nas paróquias ou ainda ligadas aos diversos movimentos eclesiais e novas comunidades, nas quais se promova a formação, a oração e o conhecimento da Bíblia segundo a fé da Igreja” (VD, 73).

Desde a DEI VERBUM, e agora com a VERBUM DOMINI é possível perceber que a Animação Bíblica da Pastoral, é toda a atividade que a Igreja, no esforço de anunciar com eficácia o Reino de Deus: “é preciso, pois que, do mesmo modo que a religião cristã, também a pregação eclesiástica seja alimentada e dirigida pela Sagrada Escritura” (DV 21). Teologicamente falando, é a Palavra de Deus que da origem a Igreja, e a Bíblia como palavra de Deus escrita, é a força e coluna em que se apoia a dimensão eclesial. É louvável que a catequese tem sido a tarefa eclesial mais ligada a Bíblia e tanto a V Conferência como o Sínodo dos bispos de 2008 desejam que as demais pastorais busquem nas Sagradas Escrituras a inspiração e o fundamento de suas ações.

Nossos pastores em sua 48ª Assembleia Geral destacaram que “em continuidade com tudo que já se realiza, somos convidados a dar um novo passo. Trata-se de compreender que a Palavra de Deus é a alma de toda a ação evangelizadora da Igreja. Propõe-se uma verdadeira "Animação Bíblica da Pastoral". Assim a Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura suscita, forma e acompanha a vocação e a missão de cada discípulo missionário de Jesus Cristo e orienta as ações organizadas da Igreja. Dessa forma, além de ser "alma da teologia" (DV 24), a Palavra de Deus torna-se também a "alma da ação evangelizadora da Igreja" (DP 372; DAp 248)”.

E afirmaram ainda: “Quando falamos da "Animação Bíblica da Pastoral", propomos conhecer e assimilar mais a Revelação de Deus, em ter, mediante sua Palavra, um encontro pessoal e comunitário com o Senhor e sermos corajosos missionários do Reino de Deus. Por isso a "Animação Bíblica da Pastoral" deve tornar-se um verdadeiro aprendizado, por meio de um caminho de conhecimento e interpretação da Sagrada Escritura, caminho de comunhão e oração com o Senhor e caminho de evangelização e anúncio da Palavra de Deus, esperança para o nosso mundo (cf. DAp 248)”.

E conclamaram: “é hora, pois, de uma formação bíblica mais intensa, profunda, sistemática e corajosa; de um contínuo e fascinante contato com a Palavra de Deus, que é Jesus Cristo; de uma forte e vibrante ação evangelizadora a partir da Palavra de Deus. (cf.

Na verdade, o que a Igreja deseja é que a pastoral em seu conjunto promova sua atividade dentro do processo da Transmissão da fé [catequese]; celebração da fé e o testemunho da fé proclamada e celebrada. Aqui está o papel do catequista no serviço da Animação Bíblica da Pastoral. Temos a certeza de que a Bíblia é de fato essencial para que os cristãos cheguem gradativamente à maturidade da fé. Um longo percurso que se constrói com a ajuda de pessoas, do grupo, da comunidade, da Igreja, deixando-se guiar docilmente pela ação do Espírito Santo. A Palavra de Deus é essencial, desempenha um papel central na vida e nas atividades eclesiais.

Do ponto de vista da catequese evangelizadora é importante salientar a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, colocada em relevo pelo Concílio Vaticano II. E como afirma os últimos documentos da Igreja, faz-se necessário priorizar uma Animação Bíblica da Pastoral, tarefa que se abre para os novos tempos. Ela vem responder os desafios do momento, pois a mesma brota do modo com que Deus, em sua sabedoria, foi reunindo as condições para que pudesse se estabelecer uma relação dialógica, mediada por uma Palavra que se faz vida na história pessoal e de um povo. Com certeza a Bíblia, sendo assumida pelas Dioceses, paróquias e comunidades, como a FONTE e ALMA de toda PASTORAl, será uma das mediações privilegiadas na promoção da pastoral de conjunto, tão essencial para que a comunidade eclesial seja expressão de uma Igreja convocada, reunida e enviada pela Palavra de Deus, no Espírito, que se fez carne em Jesus Cristo. Palavra encarnada esta que é celebrada, atualizada e vivenciada na Eucaristia.

Ninguém pode ser feliz se não for amado

O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".
Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.
O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.
Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.
São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).
Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.
Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.
O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.
Fonte: http://www.cancaonova.com/

terça-feira, 26 de julho de 2011

Santo do Dia':São Joaquim e Sant'Ana

Hoje, 26 de julho, é dia de Sant”Ana e São Joaquim; dia em que se comemora o Dia dos Avós, por eles serem os avós de Jesus.


São Joaquim e Sant'Ana



Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.


Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".


Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.


Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.


O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.


A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.





Reze oração à Sant”Ana, suplicando graças necessárias à sua vida.
Senhora Sant”Ana, fostes chamada por Deus a colaborar na salvação do mundo. Seguindo os caminhos da Providência Divina, recebeste São Joaquim por esposo.
Deste vosso matrimônio, vivido em santidade, nasceu Maria Santíssima, que seria a Mãe de Jesus Cristo. Formando, Vós, família tão santa,
confiantes nós vos pedimos por esta nossa família.

Alcançai-nos a todos as graças de Deus: aos PAIS deste lar, que vivam na santidade do matrimônio e formem seus filhos segundo o Evangelho; aos FILHOS desta casa, que cresçam em sabedoria, graça e santidade

e encontrem a vocação a que Deus os chamou.

E a TODOS nós, pais e filhos, alcançai-nos a alegria de viver fielmente na Igreja de Cristo, guiados sempre pelo Espírito Santo, para que um dia, após as alegrias e sofrimentos desta vida, mereçamos também nós chegar à casa do Pai, onde vos possamos encontrar, para junto sermos eternamente felizes,

no Cristo, pelo Espírito Santo.
Amém.
Sant”Ana, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Deus na familia

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmo 127:1).


Deus nos criou e designou o casamento e a família como a mais fundamental das relações humanas. Em nosso mundo de hoje em dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso. O divórcio tornou-se uma palavra comum, significando miséria e dureza para os múltiplos milhões de suas vítimas. Muitos homens jamais aprenderam a ser esposos e pais devotados. Muitas mulheres estão fugindo de seus papéis dados por Deus. Pais que não têm nenhuma idéia de como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes. Outros simplesmente abandonam seu dever, deixando filhos sem qualquer preparação ou provisão.
Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora "Lar, Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.
Haver  uma solução? Poderemos evitar tais tragédias em nossas famílias? Poderão os casais jovens manter o brilho do amor e do otimismo décadas depois de fazerem os votos no casamento? Haverá esperança de recuperação dos terríveis erros do passado?
A resposta para todas estas perguntas é SIM! As soluções raramente são fáceis. A construção de lares sólidos não acontece por pura sorte. Somente pelo retorno ao padrão de Deus para nossas famílias poderemos começar a entender as grandes bênçãos que ele preparou para nós em lares construídos sobre a rocha sólida da sua palavra. Consideremos brevemente alguns princípios básicos ensinados na Bíblia sobre a família.
Casamento
A família começa com o casamento. Quando Deus criou Adáo e Eva, ele revelou seu plano básico para o casamento: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Este plano é claro. Um homem ligado a uma mulher. Milhares de anos mais tarde, Jesus afirmou que este ainda é o plano de Deus. Ele citou este versículo e acrescentou: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6). Este casamento é uma relação para toda a vida. Somente a morte deve cortar este laço (Romanos 7:1-3).
Deus aprovou as relações sexuais somente dentro do casamento. Não há nada de mal ou impuro sobre as relações sexuais dentro de um casamento aprovado por Deus (Hebreus 13:4). Esposos e esposas têm a responsabilidade de satisfazer os desejos sexuais (dados por Deus) aos seus companheiros (1 Coríntios 7:1-5).
Todas as outras relações sexuais são sempre e absolutamente erradas. Relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são absolutamente proibidas por Deus (Romanos 1:24-27; 1 Coríntios 6:9-11). Deus não criou Adão e João. Ele fez uma mulher, Eva, como uma parceira apropriada para Adão. As relações sexuais antes do casamento, mesmo entre pessoas que pretendem se casar, são condenadas por Deus (1 Coríntios 7:1-2, 8-9; Gálatas 5:19). As relações sexuais extra-conjugais são também claramente proibidas (Hebreus 13:4).
Filhos
Casais assim unidos diante de Deus pelo casamento gozam o privilégio de terem filhos. Deus ordenou a Adão e Eva e aos filhos de Noé que tivessem filhos (Gênesis 1:28; 9:1). Ainda que nem todas as pessoas tenham que se casar, e que nem todas terão filhos, é ainda o plano básico de Deus que os filhos nasçam dentro de famílias, completas com pai e mãe (1 Timóteo 5:14). Em lugar nenhum da Bíblia encontramos autorização para uma mulher ter relações sexuais para conceber um filho, antes ou sem casamento. A paternidade solteira, que está se tornando moda em nossa sociedade moderna é um afastamento do plano de Deus que terá  sérias conseqüências para as gerações vindouras.

sábado, 23 de julho de 2011

Fazendas da Esperança

Quero convidar vocês para conhecerem o  trabalho feito na Fazenda da Esperança onde eles tratam de ex dependentes químicos, sem nenhum tipo de medicamentos e sim com a palavra de Deus. Uma associação de fiéis reconhecida pela Igreja católica, chamada Família da Esperança. O trabalho se dá em diversos campos sociais, mas o principal é a recuperação de jovens dependentes químicos.

Tudo começou numa esquina.

Nelson Giovaneli se aproximou de um grupo de jovens que consumiam e vendiam drogas perto de sua casa. Isso em 1983, na esquina da rua Tupinambás com a Guaicurus, no bairro do Pedregulho, na cidade de Guaratinguetá interior de São Paulo. Ele foi animado a dar esse passo por frei Hans Stapel seu pároco que o incentivava a viver concretamente a Palavra de Deus.
Nelson conquistou a confiança daqueles dependentes químicos. Um deles Antonio Eleutério foi o primeiro a ser contagiado e pediu ajuda para se libertar das drogas, tudo isso porque Nelson buscava colocar em prática a frase “Fiz-me fraco com os fracos a fim de ganhar os fracos” (I Cor 9,22).

O franciscano alemão

Frei Hans tornou-se pároco da igreja Nossa Senhora da Glória em 1979. Ele nasceu no fim da segunda guerra mundial, cresceu junto da reconstrução da Alemanha, orientado religiosamente na Igreja Católica por seus pais, conheceu o carisma da unidade de Chiara Lubich e da pobreza de são Francisco de Assis, os quais divulga em sua vida religiosa.
Foi liberado integralmente para a Fazenda da Esperança em 1992 quando seus superiores entenderam essa necessidade.

O primeiro grupo

Os companheiros de Antonio notaram algo diferente em sua vida. Isso os levou a buscar a ajudar do jovem paroquiano que os propõem viver radicalmente a Palavra de Deus e à noite encontrar-se na Igreja ao invés da esquina para trocar as experiências vividas a cada dia.
Esse grupo sugeriu a Nelson alugar uma casa para viverem junto. O aluguel e as despesas pagariam com seus trabalhos. As primeiras atividades foram a limpeza de jardins enquanto Nelson continuava em seu emprego de “office boy”, na cooperativa de laticínio de Guaratinguetá. Tudo o que ganhavam colocavam em comum para se sustentar.

A experiência feminina

Iraci Leite e Lucilene Rosendo, conhecida por Luci, iniciaram o trabalho de recuperação feminina em 1989, na cidade de Guaratinguetá / SP. Elas deixaram tudo para seguir o exemplo de Nelson.

Espalhou-se pelo mundo

A Fazenda inaugurada em Sergipe/AL em 1992 é a primeira fora de Guaratinguetá. A primeira comunidade fora do Brasil nasce na Alemanha, na terra de seu fundador frei Hans, 15 anos depois de seu início.
A Fazenda da Esperança se espalhou do oriente para o ocidente ganhando proporções globais. Ficou ainda mais conhecida no mundo depois da visita do papa Bento XVI à comunidade das Pedrinhas na cidade onde nasceu esse trabalho no interior de São Paulo em 2007.
Para conhecer essa história detalhadamente adquira os livros:
  • Da esquina para o mundo
  • Seja bem vindo
  • Comprovar a força do evangelho

pelo telefone (12) 3128-8905 ou através do email adm@fazenda.org.br.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O evangelizando é um comunicador

A Igreja existe para evangelizar, para comunicar a Boa Nova do Evangelho e fazer discípulos de Jesus entre todos os povos. Esta é a missão que o Senhor confiou à Sua Igreja, com a garantia de que Ele estaria com ela [Igreja] até o fim do mundo (cf. Mt 28,19). Obedientes ao mandato de Jesus, os apóstolos, logo após a Ascensão de Cristo, saíram para proclamar a Boa Notícia por todos os lugares (cf. Mc 16,20).

A mensagem de Jesus não é esotérica, isto é, não é para ficar escondida ou reservada a algum grupo de iniciados, a alguma seita ou religião; ao contrário, ela é destinada a todos os povos: "O que vos é dito aos ouvidos, proclamai-os sobre os telhados" (Mc 10,27).
São Paulo, após a sua conversão, compreendeu essa necessidade de comunicar a mensagem do Evangelho de maneira radical: "Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não evangelizar" (I Cor 9,16).

Diante desta urgência da missão, a Igreja não pode deixar de usar os modernos e potentes meios de comunicação, como a imprensa, o rádio, o cinema, a TV, o celular, a internet e outros mais, para comunicar a uma imensa multidão de pessoas a mensagem de Cristo, "o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam sua perfeição" (Bento XVI).

Não podemos nos esquecer de que os meios de comunicação são apenas instrumentos para nos comunicar, não são bons nem maus; tudo depende da finalidade de seu uso. Eles não devem substituir o contato pessoal, pois a comunicação  é,  antes de tudo, relação entre pessoas para criar  comunhão, pois o homem é um ser relacional e a comunicação é essencial em sua vida.

Mais importante que os meios usados é o comunicador e  a mensagem que ele transmite.  Aliás, este é o sentido da palavra "comunicação", que vem do latim "communis" e significa "comunidade". Não devemos, pois,  nos isolar das pessoas que estão ao nosso lado, nem querer construir um mundo paralelo, diferente daquele em que vivemos.

Mesmo não tendo os meios modernos de comunicação ao seu alcance, você, discípulo e missionário de Jesus, deve ser um evangelizador, um comunicador, em sua casa, em seu trabalho e na sua vida social.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dê o primeiro passo e peça perdão

Deus é luz e n'Ele não há treva alguma. Como é lindo o amanhecer, ver o sol iluminando o dia!. Não tenha medo da luz, abra o coração e deixe a luz entrar na sua vida, onde há luz não há trevas.
Quando não colocamos em prática a nossa fé as trevas nos sufocam, nos impedem de nos aproximar e experimentar o amor de Deus .
Todos os nossos pecados serão perdoados, basta reconhecermos que somos pecadores. Reconheça os seus pecados, suas fraquezas, deixe seu orgulho de lado, dê o primeiro passo e peça perdão.
Muitas vezes, ficamos esperando o primeiro passo partir da outra pessoa, deixamos nosso orgulho agir por nós e não percebemos que, dessa maneira, nos afastamos da luz e caminhamos nas trevas.
Quando fazemos a experiência de nos reconhecer pecadores, a luz de Deus entra em nossas vidas e elimina as trevas do nosso coração. Pedro, discípulo de Jesus, chorou quando reconheceu o seu pecado por tê-Lo negado, mas suas lágrimas lavaram sua alma e seu pecado foi perdoado.
Não tenha medo de dar o primeiro passo, de não ser perdoado, não deixe que o inimigo de Deus o condene. Deus é fiel, o purifica e o perdoa de toda a iniquidade, Ele o fará um homem novo, um homem livre. Tenha certeza de que Deus não gosta do pecado, mas Ele ama o pecador.
Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje, procure um sacerdote e confesse os seus pecados, reconheça seus erros, as mágoas que causou, os pecados que cometeu e peça perdão.
Nunca um homem é mais humilde do que quando está de joelhos. Deixe que o amor e a luz do perdão de Deus iluminem o seu coração e o libertem. Experimente concretamente a Misericórdia de Deus em sua vida. 

A Multiplicação dos pães

 A multiplicação dos pães

Comentando a Leitura da multiplicação dos pães (Mt 14.13-21)
Primeiro a CARIDADE. Se eliminarmos a hipótese de uma multiplicação milagrosa dos pães, o que explicaria que todos comessem os pães, ficassem saciados e ainda sobrassem 12 cestos? A explicação que eu já escutei de muitos padres e estudiosos foi que as pessoas que estavam lá, escutando Jesus, tinham seus pãezinhos guardados nas suas bolsas. No momento em que viram que era hora da ceia, cada um repartiu o que trouxe com aqueles que não trouxeram nada. E assim, todos comeram. Então a CARIDADE foi um fator primordial na multiplicação dos pães. Inclusive, mesmo que tenha ocorrido realmente a multiplicação milagrosa dos pães, certamente houve também a partilha daqueles que trouxeram sua própria comida.
O segundo ponto importante é que Jesus mandou que se formassem grupos e se sentassem. Por quê? Não poderia ter feito a oração e a distribuição dos pães com a multidão desorganizada? Qual seria a intenção de formarem grupos? Jesus sabia de algo básico do ser humano: a maioria das pessoas não consegue comer vendo outra pessoa passando fome na sua frente. Então se imagine na situação: você dentro de um daqueles grupos, com comida na sua bolsa, com fome. A maioria das pessoas, nessa situação, comeria e dividiria uma parte da sua comida com as pessoas mais próximas. Você é assim? Se não for, talvez seja hora de rever seus conceitos...
O terceiro ponto que queria mostrar é a fé de Jesus. No Evangelho não diz, mas eu fico imaginando a reação dos discípulos quando Jesus mandou que trouxessem os 5 pães e 2 peixes até Ele, na intenção de alimentar aquela multidão de 5 mil homens (sem contar mulheres e crianças). Para quem não entende o que é fé, aqui vai um bom exemplo do que é fé: quando todos ao seu redor dizem que aquilo em que você acredita não existe, mas mesmo assim você vai até o fim. Se a fé de Jesus fosse fraca, Ele nem teria tentado repartir os pães e peixes. Mas Jesus como em todos os milagres, Jesus fez a parte dEle, e deixou que cada pessoa na multidão também fizesse a sua parte.
Cada um desses três pontos daria para falar muito mais, mas esse aprofundamento nós faremos em outras oportunidades... Por hoje, que saibamos repartir o nosso "pão" e nosso "peixe" com quem está do nosso lado...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Será que estou sendo amigo de Jesus?


Então gente, hoje como é dia do amigo queremos conversar com nosso senhor Jesus e nos perguntar, será que estou sendo amigo de Jesus? Será que estou deixando as intrigas, as fofocas de lado?
Para que sejamos amigos de Jesus temos que deixar o sujo de lado, as fofocas, brigas e seguir no caminho de oração, pois Jesus morreu na cruz para nos salvar.
Resista ao Diabo, pois Jesus passou pelas provações no deserto e hoje o diabo tentar contra a nossa santidade, querendo que você  caia em tentação.
Chegue e fale com Jesus, pois não a amizade sem aproximação, agradeça, coloque suas intenções e reze, mais reze com fé. Não adianta você se ajoelhar e ficar lá ave Maria cheia de graça... E estar com o pensamento lá longe. Pensando em uma briga, no trabalho. E porque não aproveitar esse momento para por o seu problema, a sua vida para Jesus lhe dá uma resposta. Peça ao seu amigo Jesus que lhe mostre o caminho certo, o caminho da verdade, da vida.
Se abra para Jesus, pois ele é seu amigo e não um simples colega. Converse, chore e peça para que ele te dê forças para continuar a seguir a sua vida em paz.
Termino com esse versículo tirado da bíblia que fala o seguinte:
Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia de tua adversidade. Mais vale um vizinho que está perto do que um irmão que está longe.
(Provérbios 27,10)

terça-feira, 19 de julho de 2011

A quem você está seguindo?

A quem você tem seguido? Que escolhas você tem tomado no seu dia a dia nas situações que tem surgido?
Será mesmo que você tem escolhido ser um homem, uma mulher de Deus?
Será que você tem sido ao menos cristão em suas decisões e escolhas?!
Meu povo, o Senhor esta nos chamando para uma retomada! O Senhor esta “puxando” nossa orelha e pedindo que fiquemos mais atentos com a vida que temos vivido; com o cristianismo que dizemos que vivemos!
Não podemos mais viver um cristianismo dubio, viver ora cá, ora lá! Não podemos ficar escolhendo aquilo que mais nos faz bem, que mais nos satisfaz, que satisfaz a nossa carne, o nosso ego; e depois cair no vicio e no comodismo de dizer: “Jesus é Misericordioso, Ele me perdoará…” com isso não estou dizendo que Jesus não é misericordioso e que um dia não vai nos perdoar! Ao contrário, Deus é Amor e Misericórdia SEMPRE, mas acabamos perdendo a dimensão da Misericórdia do Senhor porque nos acostumamos ao vicio do pecado e da satisfação da carne! E a Misericórdia do Senhor se torna uma muleta para pecarmos e para não mais lutarmos!
Justificamos nossos erros e pecados com frases do tipo: “O Senhor sabe que sou fraco!” “O Senhor sabe que sou pecador!” “O Senhor me perdoa sempre!” e esquecemos que Deus sonda o nosso coração, Ele conhece o mais íntimo do nosso ser, e sabe o porque de nossas quedas!
A palavra diz que: “…de Deus não se zomba…” e quando começamos fazer da misericórdia do Senhor uma muleta, estamos zombando de Deus e daquilo que Ele nos deu!
Peçamos ao Senhor a graça da verdadeira contrição de coração, e não deixemo – nos enganar pelas tantas vozes que querem nos seduzir e arrastar ao pecado e ao erro! Peçamos ao Senhor ouvidos atentos à Sua voz Pastor! Pois se não seguirmos a Sua voz de Pastor seremos ovelhas que serão levadas ao “falar de qualquer voz” e corremos o grande perigo de cair nas garras do “Lobo” e por ele sermos devorados!
Seguir a Cristo não é fácil e nem será, seguir a Cristo é exigente, e nem Jesus nunca nos disse ao diferente disso…
Onde está o seu coração, ai também estará suas escolhas! Repito: Onde esta o seu coração, ai também estará suas escolhas!
Veja o que você tem escolhido para ver quem você esta seguindo!
Na luta contra o mal a primeira decisão à ser tomada dentro de nós, é a decisão de seguir a Cristo custe o que custar, doa o que doer! Porque se não for assim brincamos de cristianismo, brincamos de ser de Deus!
Para sermos Livres de todo Mal é preciso que tenhamos de forma muita clara a necessidade que temos de conversão! Pois se não, viveremos somente do “oba, oba”, de orações de libertação, orações de cura, de falar de demônios, de renuncias, e esquecemos que o essencial, o centro de tudo isso é Cristo, é a Vida Nova que Ele quer nos dar!
Me desculpem ser um pouco mais duro neste texto, mas é que o Senhor quer nos falar e esta nos falando! Esta nos chamando a uma conversão séria e responsável!

O que fazer quando o amigo esta errado?

Hoje estava passeando por alguns blogs e achei esta postagem que me chamou muita atenção, pois a amizade é muito importante para mim e sei que a amizade é muito importante para muita gente. Nessa postagem o Padre Luizinho escreve bem assim:

Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia sem querer elas nos decepcionam, acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos de verdade também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de pisar na bola com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar, faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento e, é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados. Quanto mais conhecemos alguém qualidades e defeitos, virtudes e pecados mais a compreendemos e mais a amamos.
Dizer que a frustração e erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, que uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha tudo isso é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.
Experiência mais terrível para mim são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e compromete a pessoa amiga e por respeito humano e por um falso protecionismo ficam caladas, se omitem, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo amizade. Quando a amizade é verdadeira o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros e para minha covardia. Mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abri seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que te desafia e te desinstala, mas está pronto pra ficar com você em qualquer situação. Quanto uma amizade cresce, quando tocamos no mais fundo das qualidades e defeitos, das luzes e sombras do nosso amigo, a partir dai nos tornamos irmãos, cúmplices, cria-se um laço mais forte do que o de sangue.
Precisamos crescer na vivencia e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo pisa na bola ou está vivendo uma situação constrangedora aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade, pois o verdadeiro amor se arisca, dá a vida pelo amigo. “O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, se não ele não é homem”. O amigo não abandona o barco quando ele se agita, ajuda a remar mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado. Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:
Reze pelo seu amigo (a): a oração vai preparar o coração dele e também o seu;
2° Espere à hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;
3° Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em publico, mesmo que você esteja certo começou errado;
4° Faça um elogio antes de fazer a critica e a correção é preciso que ele saiba que você o ama. Todos têm qualidades e corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros, isso não é fingimento é amor.
5° Saiba falar: cuidado com as palavras, o problema muitas vezes não é o conteúdo das criticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo no erro demonstre respeito, humildade e carinho.
6° No final de tudo abra-lhe os braços e lhe dê um abraço bem apertado e não fale mais nada.
Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados. (Hebreus 12,11).

O perdão

O perdão começa sempre em nosso coração. Passa depois pela nossa inteligência. É uma decisão! Depois de concebido no coração e gestado no pensamento, ele [perdão] ganha vida por uma decisão irreversível e explícita. Enquanto não perdoamos, perpetuamos a falsa ideia de que a vingança e o ódio podem ser remédios para curar nossa dor, a vingança parece ser mais justa do que o perdão. Mas é só na hora. A longo prazo suas consequências serão terríveis e cruéis.

O perdão afeta o presente e o futuro, mas não pode mexer no passado. Não adianta nada querer sonhar com o passado melhor ou diferente. O passado foi o que foi. Não há o que fazer para mudá-lo. Podemos e devemos assimilá-lo e aprender o que ele tem a nos ensinar. Mais do que isso é impossível.

A esperança por um passado melhor é uma ilusão do encardido [demônio]. Ele é o grande especialista em passado. Jesus, ao contrário, nunca fez nenhuma pergunta sobre o passado de nunhuma pessoa. Ele nunca fez uma regressão ao passado com ninguém. Nem mesmo com aqueles que tinham sérios problemas afetivos e até sexuais. Parece estranho que o Senhor não tenha realizado uma sessão de cura interior das etapas cronológicas com Maria Madalena, Maria de Betânia, a Samaritana, Zaqueu, Pedro, Tiago e João, Judas e tantos outros que, por suas atitudes, demonstraram carregar sérios problemas oriundos da infância e mesmo na gestação.

Cristo não retomava o passado porque sabia que a única coisa que podemos fazer em relação ao passado é enxergá-lo de um jeito novo e aprender com o que ele tem a nos ensinar. Mas isso se faz vivendo intensamente o presente e projetando o futuro. Jesus foi o grande mestre do perdão. Ele nos mostra que o perdão não acontece de uma hora para outra e nem pode ser uma tentativa de abafar ou simplesmente ignorar essa dor. O perdão é um processo profundo, repetido tantas vezes quantas forem necessárias no nosso íntimo. A pressa é inimiga do perdão!

O perdão nos ensina a nos relacionar, de modo maduro, com o passado. Não é um puro esquecimento dos fatos, nem sua condenação. Não é a colocação de panos quentes e muito menos a tentativa de amenizar os acontecimentos. Perdoar é ser realista o suficiente para começar a ver o passado com os olhos do presente, voltados para o futuro.

Quem não perdoa não consegue se libertar das garras, interiores e exteriores, daquele que o machucou. Mesmo que seja necessário se afastar, temporária ou definitivamente, dessa pessoa, só podemos fazê-lo num clima de perdão.
Antes de colocar para fora do nosso coração alguém que nos machucou é preciso perdoá-lo. Sem perdão, essa pessoa vai permanecer ocupando um espaço precioso de nossa vida e continuará tendo um poder terrível sobre nós.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Deus, ao criar-me com o seu sopro de vida, acompanha-me ao longo de toda a minha vida. Logo, a minha oração é o esforço para trazer à consciência este mistério divino e abençoado, sempre comigo e diante de mim. “SENHOR, Tu procuras-me e conheces-me…Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe”(Salmo 139) Mais ainda, a presença de Deus também implica uma promessa para mim, um pacto feito comigo, de que a sua promessa e o seu objetivo para a minha vida não falharão. Trata-se de uma grande promessa, expressando a determinação de Deus por mim.

Como dizia a Sua Palavra, dita para a minha vida, e chamando-me pelo meu nome: “o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia, sem ter realizado a minha von­tade e sem cumprir a sua missão” (Isaías 55, 11). 

A minha vida está assim salpicada com as palavras de Deus, com as sementes das bênçãos e da bondade de Deus, todas elas destinadas a germinar e a crescer ao longo da minha vida (Mateus 13, 1-23). 

Oh sim, por vezes posso ser terra infértil e solo pedregoso para uma semente… “Mas Senhor, ajuda-me a limpar o solo da minha vida para me tornar uma terra fértil para as sementes dos teus propósitos de amor. Ajuda-me, aqui e agora, a ser receptivo(a) de ti. E ajuda-me a perceber que o resto é a Tua acção porque és tu que dás o que falta. 

Que a minha vida cresça, Senhor, para que eu me torne aquilo que pretendes para mim. Guia-me e leva-me. Permite que eu tenha uma grande confiança na tua promessa, no teu pacto e no facto de que tu moldarás a minha vida para a sua verdadeira realização – que será para tua glória e para a do teu povo”.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os girassóis e nós







Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.

A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.

Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.

Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.

Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.

Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.

O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.

Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.

Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.

A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.

Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.

Sejamos como os girassóis...

Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.

Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.

Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Escutar a Palavra de Deus


Na parábola do semeador Jesus mostrou como há diversas maneiras de se receber a Palavra de Deus, a qual Ele compara com uma semente. Segundo Santo Agostinho, "escutar a Palavra de Deus é como se alimentar de Cristo". Ele explica que há duas mesas na Igreja: a mesa da Eucaristia e a mesa da Palavra. Com isso ele patenteava que a Palavra de Deus é um alimento espiritual. Quem bem se nutria dessa refeição santificadora era a Santíssima Virgem Maria, a irmã de Marta e Lázaro, elogiada por Jesus pelo fato de O escutar atentamente, deixando todos os outros afazeres. Aliás, o próprio Cristo aconselharia: “Procurai, antes de tudo o reino de Deus e tudo mais vos será dado em acréscimo” (Mt 6,33).

Portanto, estar atento à Palavra constitui a melhor parte da vida do batizado. Ao deixar Deus entrar na mente pela Sua Palavra, meditando-a profundamente e fazendo dela a força e o sustentáculo de cada instante o cristão age menos pela emoção, mas solidificado em profundas raízes espirituais. Isso porque há então uma conexão admirável dos esforços humanos com o pensamento divino e se colhe um fruto tanto mais saboroso quanto maior for a docilidade em acatar as inspirações celestes advindas da Palavra.

A grande questão é saber discernir a voz de Deus da voz humana. Ele fala a cada um de maneira diferente. Faz ressoar a Sua Palavra por meio de outras pessoas; por meio dos acontecimentos tão repletos dos gestos divinos; das provações de cada hora; mas, sobretudo, é claro, pela Escritura Sagrada ouvida na Liturgia, que é o lugar privilegiado no qual Deus se faz ouvir; e, ainda, na conversa pessoal com Ele numa leitura bíblica individual.

Tanto isso é verdade que a mesma passagem da Bíblia cada vez que é refletida traz novas mensagens para a alma de acordo com suas necessidades naquele momento. O citado Santo Agostinho lia e relia muitas vezes certos trechos bíblicos para que pudesse entender o que Deus lhe queria comunicar.

Quem assim procede percebe a reciprocidade da parte do Espírito Santo que exige uma persistência em querer discernir Sua luz, que ilumina, guia e salva. Desenvolve-se, desta maneira, uma amizade pessoal com Deus, a capacidade de perceber as minúcias de Seus recados, que, muitas vezes, parecem interpelações que cumpre sejam analisadas. Elas dizem a respeito a nós mesmos, aos que estão em nosso derredor e à nossa relação com Ele.
Por tudo isso cumpre que se viva na presença de Deus Pai, que quer falar a cada um a cada instante num colóquio repleto de luzes, mas tantas vezes exigente, provocador, requerendo sempre um esforço maior em busca da própria santificação e da do próximo. Com efeito, o ato de escutar a Palavra que gera a fé é não só a escuta da palavra escrita, mas também a escuta da palavra interior pronunciada pelo Espírito Santo no íntimo da consciência.
Isto supõe evidentemente empenho existencial que envolva todas as potencialidades humanas, uma vez que o Todo-poderoso age em cada um e com cada um.

No Evangelho Cristo compara a Sua Palavra a uma semente que produz mais ou menos abundantemente de acordo com a qualidade do terreno. Esta Palavra, segundo a Carta aos Hebreus, é como a “espada de dois gumes” que “penetra até dividir alma e espírito, junturas e medulas. Ela julga as disposições e as intenções do coração” (Hb 4,12). Eis por que sempre que ouvida com humildade ela é transformante, operando uma cristificação radical, por isso é necessário sempre a atitude de Maria, que disse ao Anjo: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

O efeito da Palavra de Deus depende, assim, do empenho de cada um sempre aberto ao diálogo com o Criador. É preciso deixar que a Palavra se apodere inteiramente do coração que vai assim ao encontro com as Pessoas Divinas, ou seja, ao diálogo inefável da dileção profunda na qual se responde sinceramente a Deus, que fala e que exige uma atitude obediencial. Por este acatamento é que a alma se torna terra boa, produzindo fruto cem por um!
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos